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(Foto: Alain JOCARD / AFP)

Guatemala comemora primeiro ouro olímpico de sua história

Gazeta Esportiva

Por AFP

São Paulo, SP
Pirotecnia, choro, comida de graça e uma chuva de parabéns. A Guatemala comemora nesta quarta-feira sua primeira medalha de ouro na história dos Jogos Olímpicos, obtida por Adriana Ruano no tiro esportivo de Paris 2024.

"A história olímpica da Guatemala está escrita em letras de ouro graças a Adriana Ruano. Primeira medalha olímpica para uma mulher guatemalteca, primeiro ouro para o nosso país. Parabéns, Adriana!", escreveu o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, na rede social X.

Adriana, de 29 anos, também quebrou o recorde olímpico na final da Fossa Olímpica ao terminar com 45 acertos em 50 tentativas. Um dia antes, Jean Pierre Brol havia conquistado a medalha de bronze, a segunda da história do país.

"Além disso, é o primeiro recorde olímpico para a Guatemala. Adriana histórica", acrescentou o governante social-democrata.

"É um grande presente de Deus e dedicado ao céu: ao meu marido que sempre a apoiou, que a amou muito", vibrou Yany Oliva, mãe de Adriana, em lágrimas nas arquibancadas, em um vídeo do Cronistas Deportivos da Guatemala divulgado nas redes sociais. O jornal Prensa Libre destacou em sua capa digital o "Ouro para a Guatemala!" obtido por Ruano.

"Com seu brilhante desempenho com as armas de caça, Adriana Ruano deu à Guatemala sua primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos", destacou o jornal.


Comemorações na capital


Imagens divulgadas pelo Comitê Olímpico da Guatemala (COG) no X mostraram a queima de fogos de artifício em frente à sua sede na capital acompanhada da comemoração de diversas pessoas. Os motoristas que passavam buzinavam para festejar.

"FESTA NA GUATEMALA!", destacou o COG, que até recentemente havia sido suspenso pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em decorrência de uma suposta interferência governamental no funcionamento e que fez com que atletas guatemaltecos não pudessem participar sob a bandeira do país nas competições de 2023.

Para comemorar o triunfo histórico, o restaurante local Pollo Campero anunciou no Facebook que dará a Ruano "um ano" de refeições. A rede internacional de pizzarias Domino's aderiu à mesma causa, fazendo igual, mas durante três anos, segundo uma publicação na mesma rede social.

Antes de Paris-2024, a única medalha do país centro-americano nos Jogos Olímpicos era a prata de Erick Barrondo nos 20 quilômetros da marcha atlética em Londres 2012.

Ruano e o ciclista argentino de BMX, José 'Maligno' Torres, foram nesta quarta-feira os primeiros latino-americanos a conquistar a medalha de ouro nos Jogos Paris 2024.


"Deu uma aula"


"Adriana deu uma aula sobre como atirar em uma final e superou as rivais com bastante folga", declarou Jean Pierre Brol de Paris numa transmissão televisiva que contou com a medalhista de ouro, os apresentadores da rede Claro Sports e o presidente Arévalo na Guatemala.

Após parabenizar os atletas, Arévalo destacou que, com seu feito esportivo, crianças e jovens guatemaltecos podem "sonhar" e "obter uma medalha nos próximos Jogos Olímpicos".

Com a medalha de Adriana Ruano, a América Central obteve seu terceiro ouro na história olímpica. A nadadora costarriquenha Claudia Poll, em Atlanta 1996, e o mergulhador panamenho Irving Saladino, em Pequim-2008, foram os únicos atletas da região que ouviram o hino de seu país no topo do pódio.

"Como primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro, a quebrar recordes e a ser a terceira na América Central a fazê-lo, você inspira a todos nós", acrescentou a vice-presidente da Guatemala, Karin Herrera.

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