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Rally dos Sertões inaugura hall da fama e piloto Jean Azevedo é o primeiro homenageado

Gazeta Esportiva

Por Redação

São Paulo, SP
Ao longo de 32 anos testando homens e máquinas no território brasileiro, o Rally dos Sertões escreveu sua história graças a personagens capazes de desafiar limites, estabelecer e reescrever recordes e protagonizar momentos únicos em alta velocidade entre a poeira, a terra, areia e pedras.

Justamente para homenagear esses nomes, o Sertões criou seu Hall da Fama. Um espaço para as lendas. Para quem soube personificar de forma mais perfeita o espírito do rally. Gente que, a partir do aprendizado acelerando Brasil afora, desbravou fronteiras, encarou o desconhecido e também longe de casa fez e faz bonito.

Nada mais justo que começar por Jean Azevedo. Paulista de São José dos Campos, irmão de André Azevedo, um dos primeiros brasileiros a disputar o então Paris-Dakar, ele fez história já em sua primeira participação (1995), vencendo nas motos. A partir dali, se tornou o maior vencedor da história do Sertões, com sete conquistas, sempre sobre duas rodas (campeão também em 2000, 2002, 2004, 2005, 2015 e 2017). Em 2009, nos carros, terminou em terceiro, superado apenas por Carlos Sainz, automobilista espanhol, e Nasser Al-Attiyah, que contavam à época com o melhor equipamento disponível.

"Minha carreira e o Sertões estão lado a lado. O Sertões me deu toda a bagagem para representar o Brasil nas provas internacionais e conquistar bons resultados. Pude acompanhar o crescimento e o profissionalismo e estou aqui até hoje, competitivo, agora nos UTVs, já que eu não tenho mais idade para as motos. Quem sabe siga por mais 30 anos. Muito feliz com essa surpresa", disse Jean Azevedo.



A edição dos 30 anos do Sertões, em 2022, marcou a despedida de Jean das motos, para abraçar um novo desafio. A partir do ano seguinte, passou a competir nos UTVs, defendendo o time T+A Polaris, de que é sócio. Venceu etapas e segue mostrando motivação de estreante, somada à experiência; à dedicação e ao talento únicos. No Sertões BRB 2024, aliás, Jean chegou à sua trigésima participação. Mais um feito de quem não se cansa de estabelecer novas marcas. Um capítulo especial em uma história distante do fim, eternizado no troféu entregue a ele.

"Ele é um ídolo, herói e inspiração para muitos. O Sertões sem o Jean não é o Sertões. E nós não poderíamos deixar esse momento passar em branco. Em nome de toda a Família Sertões – pilotos, mecânicos, organização –, fica o agradecimento por representar tão bem o nosso esporte", pontuou Leonora Guedes, CEO Sertões.
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