O chefe da Mercedes, o austríaco Toto Wolff, admitiu o risco que a equipe alemã assumiu ao levar para o Grande Prêmio da Itália uma nova atualização do motor antes de completar suas metas de confiabilidade. A unidade de potência funcionou perfeitamente com Lewis Hamilton, vencedor da prova no último domingo, mas falhou com o carro de Nico Rosberg no sábado, obrigando o alemão a disputar a corrida com uma especificação antiga do motor.
Vice-líder do Mundial, Rosberg viu o desatualizado motor de sua Mercedes quebrar a três voltas para o fim da prova, Hamilton vencer mais uma corrida e disparar na liderança do Mundial, com 53 pontos à sua frente.
“Nós trouxemos esta quarta fase do motor porque queríamos entender se estávamos no caminho certo quanto ao desenvolvimento. Foi um pouco arriscado e vimos o que aconteceu com Nico. Esse foi o resultado desse motor. A confiabilidade foi provada em alta quilometragem, mas ele ainda não está pronto”, explicou Wolff em entrevista coletiva após a corrida em Monza.
A Mercedes já trabalha no desenvolvimento de novos motores para o Mundial de 2016, quando espera um campeonato mais equilibrado, principalmente porque a Ferrari vem evoluindo a cada etapa.
“Você vê claramente que a Ferrari deu um passo com o motor e eles estão cada vez mais perto, mas como já dissemos anteriormente, o nosso motor está em um novo rumo de desenvolvimento”, destacou o austríaco.
“Fazendo uma retrospectiva, sim nós perdemos um carro e Nico perdeu pontos valiosos, mas este é um campeonato competitivo e será assim no ano que vem. Então, acho que o quanto antes você puder entender qual caminho você precisa seguir em termos de desempenho, melhor”, acrescentou.
O próximo desafio da Mercedes será o Grande Prêmio de Cingapura, no dia 20 de setembro. Em 2014, o britânico Lewis Hamilton venceu a corrida na pista asiática e lá poderá aumentar ainda mais sua folga na ponta da tabela de classificação.
