O discurso do brasileiro Felipe Nasr é pautado em uma postura otimista. Estreando na principal categoria do automobilismo mundial em 2015, o piloto declarou nesta sexta-feira, dia em que a Sauber divulgou o modelo do novo carro, que se sente pronto para compor o grid de pilotos e estrear na Fórmula 1 depois de três anos disputando a GP2, categoria de acesso no automobilismo.
Apesar de novato, Nasr chega à escuderia com discurso de recolocar a Sauber dentro da zona de pontuação do campeonato, fato que não acontece desde 2013, quando o piloto Niko Hulkenberg conquistou a oitava posição no grande prêmio do Brasil, tradicionalmente disputado no autódromo de Interlagos. “É minha temporada de estreia, tenho muito o que aprender, especialmente por eu não ter andado em alguns circuitos ainda. Estou pronto para encarar este desafio”, falou o brasileiro ao site Grande Prêmio.
Ansioso para voltar às pistas, fato que acontecerá a partir de domingo nos testes em Jerez de la Frontera, na Espanha, Nasr garantiu que mesmo sendo novato na F-1, tem certa experiência por ter trabalhado como piloto de testes na Williams. “No meu papel de reserva e piloto de testes da Williams no ano passado, eu estive envolvido em todos os fins de semana de corrida. Além disso, tive chance de dirigir o carro em algumas oportunidades, então acho que tenho certo entendimento de como é um carro da F-1”, declarou.
Antes mesmo de se acomodar dentro do carro da Sauber, a presença de Nasr já trouxe benefícios à escuderia suíça. Antes patrocinador exclusivo do piloto brasileiro, o Banco do Brasil passou a investir também na Sauber tendo, inclusive, o logotipo da empresa estampado na carenagem do carro, que tem cores em azul e amarelo. “Estou dando o passo seguinte, ser um piloto titular, e estou ansioso para contribuir com os projetos da Sauber”, admitiu.
O novo carro para 2015, além de apresentar algumas mudanças na carenagem, com um bico mais fino, também deverá ter alterações no motor. Com o objetivo de melhorar o funcionamento do V6 turbo original da Ferrari, os engenheiros aumentaram as saídas de ar, mas ainda se preocupam com a refrigeração do sistema mecânico e apostam em conseguir uma análise mais detida a respeito do desempenho do carro a partir dos testes na pista de Jerez de la Frontera, na província espanhola de Cádis.
