Grosjean reserva minuto de silêncio apenas para vítimas de ataques em Paris - Gazeta Esportiva
Grosjean reserva minuto de silêncio apenas para vítimas de ataques em Paris

Grosjean reserva minuto de silêncio apenas para vítimas de ataques em Paris

Gazeta Esportiva

Por André Sender e Bruno Ceccon

14/11/2015 às 17:17 • Atualizado: 14/11/2015 às 18:57

São Paulo, SP

Grosjean utilizou braçadeira da França em São Paulo(Foto: Miguel Schincariol/AFP)
Grosjean utilizou braçadeira da França em São Paulo (Foto: Miguel Schincariol/AFP)


Único piloto francês da Fórmula 1, Romain Grosjean sentiu profundamente os ataques terroristas realizados na noite desta sexta-feira em Paris. O representante da Lotus passou todo o sábado em Interlagos com uma braçadeira alusiva à bandeira de seu país e afirmou que participará do minuto de silêncio que a organização planeja antes da prova como homenagem apenas às vítimas da capital francesa.

O minuto de silêncio antes da largada do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 foi idealizado pelo presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, também francês. O mandatário da entidade sediada em Paris, no entanto, quer prestar homenagem aos mortos nos ataques de sexta-feira e às vítimas de acidentes de trânsito em todo o mundo.

Os pilotos da Fórmula 1 utilizarão braçadeiras pretas durante o desfile prévio ao GP do Brasil como sinal de luto. O caminhão que os levará pelo autódromo terá uma bandeira da França com uma fita negra, que também será exibida na transmissão televisiva oficial da prova. No grid, os pilotos prestarão o minuto de silêncio.

“O que aconteceu ontem foi grande porque pode afetar qualquer pessoa no mundo e não queremos ver isso. Como francês, meu minuto de silêncio será para as pessoas de Paris envolvidas nos ataques”, explicou Grosjean após o treino classificatório para o GP do Brasil, em Interlagos.

Ao menos seis diferentes locais de Paris, entre eles as imediações do Stade de France, foram atingidos por atentados na noite da última sexta-feira. O Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques que deixaram mais de 120 mortos e cerca de 350 feridos na capital francesa.

Grosjean ficou especialmente preocupado com os ataques em Paris porque é onde sua família está. Segundo o piloto da Lotus, muitos de seus amigos também acompanhavam o amistoso entre França e Alemanha no Stade de France, mas nenhum acabou envolvido nas ações terroristas.

“Quando você está no carro, precisa pensar no que está fazendo . É um esporte perigoso e você precisa estar 100% focado. Mas é claro que do lado de fora este é um dia especial. Minha família está em Paris, liguei para ela porque estava preocupado. É um pouco chocante para todos”, explicou o piloto, que iniciará o GP do Brasil em 14º.

Os atentados na capital francesa também foram lamentados por diversos outros pilotos e equipes da Fórmula 1 presentes a Interlagos neste fim de semana. Pole position da corrida em São Paulo, Nico Rosberg afirmou que o ataque em Paris diminui a importância do esporte.

“O que aconteceu faz tudo ser relativo. É uma tragédia de verdade, isso aqui não é importante comparado a ontem. Com as redes sociais hoje em dia, parece que você está tão perto de tudo, mesmo estando longe. Foi chocante, é o melhor jeito de descrever”, explicou o piloto da Mercedes.

 

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