Autódromo de Interlagos recebe simulação geral antes de GP do Brasil
Por Mateus Videira
27/10/2018 às 13:53 • Atualizado: 27/10/2018 às 19:14
São Paulo, SP
Com mais de 400 pessoas envolvidas, foram realizados testes em todos os âmbitos, desde os ajustes no quesito segurança até pinturas e acomodações na pista. Ocorrendo de forma simultânea ao redor de todo o circuito, foram ensaiados procedimentos de largadas com falhas em carros ainda no grid, moldes de sinalização e extração do piloto do cockpit para a ambulância, que a partir desta temporada recebeu o obstáculo do halo.
Diretor médico da etapa do Brasil da Fórmula 1 e integrante da comissão médica da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Dino Altmann acompanhou as simulações e revelou as principais novidades no aspecto da retirada do piloto com a implementação do halo nos carros da categoria. Segundo ele, o artifício torna o resgaste mais complicado, mas favorece a saúde do piloto.
"O halo, na verdade, não causa nenhuma modificação no atendimento. O que muda é o procedimento, porque temos que nos adaptar. O halo dificulta o processo de retirada do piloto, mas, sinceramente, pensamos que é preferível ter um piloto em melhores condições clínicas e ter mais dificuldade para retirá-lo do que encontrar um piloto em situação médica mais complicada", explicou.
Na questão técnica, o Grande Prêmio do Brasil também sofreu alterações em relação à prova de 2017. Visando beneficiar e ampliar a qualidade visual do piloto em condições adversas, foi pintada em setores próximas às curvas e de menor visibilidade uma faixa na cor verde limão. Além disso, equipamentos de limpeza e aumento da aderência também estão sendo utilizados.
"Essa cor de faixa, o verde limão, vem a partir de estudo desenvolvido para avaliar a qualidade visual do piloto. Em situações de escuridão, neblina ou até a chuva, que levanta a nuvem de água, a visibilidade fica reduzida e com essa pintura, nessa cor, o piloto enxerga mais distante que as demais cores. Assim, você acaba tendo uma visão lateral maior para se localizar dentro da pista", disse o engenheiro-chefe do GP do Brasil, Luis Ernesto Morales.
Assim como aconteceu na última temporada, o Autódromo de Interlagos passou por adaptações, principalmente no quesito ranhuras, que foi a principal novidade em 2017. Assim como o artifício para facilitar no escoamento, que passou a ser algo estudado pela FIA para utilização em outros circuitos, a faixa na cor verde limão também é uma possibilidade que será levada às discussões futuras.
Penúltima prova da temporada, o Grande Prêmio do Brasil acontecerá nos dias 9, 10 e 11 de novembro. Para que a disputa do título chegue viva à Interlagos, Lewis Hamilton precisa finalizar o GP do México depois da sétima colocação e, ao mesmo tempo, Sebastian Vettel subir ao lugar mais alto do pódio.