Em coletiva na quarta, Serginho explicou que, além do desejo de fazer parte de uma gestão mais voltada para os atletas, acredita que chegou a hora de retribuir tudo o que o esporte proporcionou a ele.
"A gente tem visto nosso voleibol despencando dentro da quadra. E quando decidi aceitar o convite, vi que era a hora de retribuir fora da quadra tudo aquilo que o vôlei me deu. Hoje sabemos realmente o que acontece na Confederação Brasileira, na Superliga, nas etapas do vôlei de praia e, principalmente, nas categorias de base. E nós queremos mudar isso. Não adianta mudar a Superliga se não investirmos na nossa base", declarou o ex-jogador.
"Outra coisa que me motivou é que hoje se gasta mais com salários dentro da CBV do que com o que a gente tem de mais importante, que é o voleibol. Então quando afirmei que entraria como vice-presidente, combinei com o Túlio que a gestão seria compartilhada não só entre nós, mas sim pelos atletas, clubes, patrocinadores e todas as pessoas que investem e fazem parte do esporte. Minha ideia é ser o atleta dentro da CBV, com transparência e ética, para darmos o melhor aos nossos atletas e ao vôlei", acrescentou.
Serginho também destacou que espera que sua atitude sirva de exemplo para outros atletas fazerem o mesmo e que se sente feliz por fazer parte de uma possível mudança.
"O meu pensamento é realmente a preocupação com o voleibol brasileiro. Caso a gente ganhe a eleição, espero que sirva de exemplo para os outros atletas defenderem seus esportes. Isso é importantíssimo. Acho que é preciso ter atletas dentro das confederações e federações porque a gente respira esporte o tempo inteiro, e eu fico feliz com isso", afirmou.
"Ajudei muito o voleibol brasileiro dentro das quadras e agora quero ajudar fora delas. Mesmo tendo 45 anos, eu me sentirei um jovem se realmente essa função for dada a mim, até porque boa parte dos eleitores que têm direito ao voto são atletas. Então a gente conta com esse apoio sim e estou muito contente com isso. Quero realmente arregaçar as mangas e lutar pelo nosso esporte", concluiu o ex-líbero da Seleção.
