Cobrando legado olímpico, Bernardinho quer incentivo nas escolas públicas - Gazeta Esportiva
Cobrando legado olímpico, Bernardinho quer incentivo nas escolas públicas

Cobrando legado olímpico, Bernardinho quer incentivo nas escolas públicas

Gazeta Esportiva

Por Redação

24/01/2017 às 15:36 • Atualizado: 24/01/2017 às 17:03

São Paulo, SP

Em uma de suas primeiras aparições após o anúncio da saída da Seleção Brasileira, Bernardinho se mostrou preocupado com a questão social do esporte. O treinador cobrou a continuação do legado olímpico, depois dos Jogos do Rio em 2016, e criticou a escassez de incentivo esportivo nas escolas da rede pública de ensino.

"A Olimpíada foi linda, mas por enquanto, o que a gente viu de legado? Nada. Se me perguntarem qual é o grande legado olímpico, eu falo para você: o grande legado olímpico é mostrar para milhões de jovens que eles tem que acreditar, que é possível. O grande legado olímpico são as histórias do Serginho, da Rafaela Silva, do Izaquias. Não é o grande ginásio, que hoje está sem uso. OK, temos um bom ginásio - "bom" -, mas não é o mais importante. Existe esporte de qualidade na escola pública hoje? É a exceção da exceção da exceção da exceção", declarou, em entrevista ao SporTV.

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Treinador comandou a equipe verde e amarela por na conquista de dois ouros (Foto: Divulgação/Célio Messias/Inovafoto)
Treinador comandou a equipe verde e amarela por na conquista de dois ouros (Foto: Divulgação/Célio Messias/Inovafoto)


A preocupação com a questão social, porém, não ficou apenas no campo das ideias. O comandante dos ouros olímpicos masculinos em 2004 (Atenas) 2016 (Rio) quer botar a mão na massa e não descartou, inclusive, a carreira política, como forma de participar.

"Não está na hora de desistir. Está na hora de lutar. O esporte brasileiro precisa de tanta coisa. Quem sabe eu não posso também lutar por isso, mudar o sistema do esporte brasileiro?", apontou. "Começou em 2014 essa coisa de me lançarem candidato ao governo do Rio. Dois partidos fortes que me entendem como um personagem interessante para, digamos, abraçar uma bandeira. Tudo começa com uma causa", completou.

Aos 57 anos, Bernardinho vive um momento de reflexão na carreira. Ele não descartou uma série de possibilidades que vão de cargos na CBV e até o ingresso no meio político, mas, pelo menos por hora, ainda não tem nenhum tipo de definição. Por enquanto, o técnico segue comandando o Rio de Janeiro na Copa do Brasil e na Superliga feminina.

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