Medvedev se diz satisfeito com fim do veto a tenistas russos em Wimbledon
AFP - São Paulo,SP
31/03/23 | 21:27
O russo Daniil Medvedev, que se classificou para a final do Masters 1000 em Miami, disse nesta sexta-feira estar "feliz" com a decisão do torneio de Wimbledon de voltar a permitir a participação de tenistas da Rússia e de Belarus.
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"Fico feliz em saber. Sempre disse que, se puder jogar em Wimbledon, ficarei muito feliz por estar lá", disse o ex-número 1 do mundo após derrotar a compatriota Karen Khachanov nas semifinais em Miami nesta sexta-feira.
"É um torneio que adoro. É o único Grand Slam em que ainda não cheguei às quartas de final", lembrou. "E não posso dizer que odeio grama. Eu até gosto. Então, eu realmente quero me sair bem lá. É um belo torneio e estou feliz por ter a oportunidade de jogar este ano".
Wimbledon, que será disputado de 3 a 16 de julho, foi em 2022 o único torneio de Grand Slam que proibiu a participação de tenistas da Rússia e de Belarus, seguindo as diretrizes do governo britânico em protesto contra a invasão da Ucrânia.
Outros campeonatos, incluindo Roland Garros, US Open e Aberto da Austrália, optaram por aceitar a sua presença como "neutros", o que o torneio inglês na grama permitirá este ano, estabelecendo algumas condições.
Entre esses requisitos estarão a proibição de manifestar apoio à invasão da Ucrânia e a proibição de jogadores que recebam financiamento dos estados russo ou bielorrusso.
Nesta sexta-feira, Medvedev adiantou que não tem problemas com estas condições. "Não, de jeito nenhum, não tenho nenhum patrocinador russo", garantiu ele. "Não sei qual vai ser a reação da torcida, não consigo controlá-la, mas vou adorar jogar lá na frente de todas as pessoas, espero que em quadras grandes, e espero ter partidas incríveis".
Por sua vez, Khachanov, semifinalista do US Open em 2022 e do Aberto da Austrália em janeiro, também disse estar satisfeito com a decisão. "É um evento muito, muito grande e especial na história do tênis, então estou muito feliz... que possamos jogar este ano", disse o russo, que também não acredita que as condições de Wimbledon serão um obstáculo.
"Suponho que simplesmente seguiremos as regras, que é o que estamos fazendo agora. Há neutralidade, não há bandeira desde o ano passado, então basicamente continuamos a fazer o mesmo que nos demais torneios. Acho que é não é nada diferente", finalizou.
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