Rio Open tem tenista mais jovem a disputar uma decisão de ATP 500
Por Redação
24/02/2019 às 11:06 • Atualizado: 24/02/2019 às 11:34
São Paulo, SP
Jogador da Next Gen da ATP, Auger-Aliassime ganhou admiração da torcida brasileira desde a estreia no Rio Open, quando derrotou o italiano Fabio Fognini, cabeça de chave número 2. Simpático e talentoso, vestiu até a camisa da Seleção Brasileira de futebol após uma de suas vitórias. Com a campanha no Rio, será o tenista mais jovem a aparecer no top 100 da ATP, na lista que sairá na segunda-feira. "Estou vivendo momentos especiais aqui. Desde que cheguei, me senti muito bem. Por onde passei, nos lugares que visitei, senti uma conexão, o público gostou de mim, está me apoiando. Tudo isso me ajudou nas partidas, para chegar na final. Espero que amanhã (domingo) seja assim também", disse o canadense, que com a campanha no Rio Open já está entre os 60 melhores do ranking mundial.
Será a primeira partida entre Auger-Aliassime e Djere no circuito. "Ele também está numa ótima semana. Não acho que eu seja o favorito, talvez na visão da torcida. Mas será um jogo difícil. No final, ganhar ou não o título não é o mais importante. Quero buscar uma carreira de sucesso e não apenas ser lembrado por um título que ganhei com 18 anos. Não ligo para recordes", acrescentou.
Assim como Auger-Aliassime, Djere disputará sua primeira final de um torneio ATP. Neste sábado, não precisou jogar para alcançar a decisão. Seu adversário, o esloveno Aljaz Bedene, sentiu uma lesão na perna direita e desistiu da partida. "Não queria chegar à final dessa maneira, sem jogar, sinto por ele (Bedene)", disse o jogador de 23 anos, responsável por eliminar na estreia o austríaco Dominic Thiem, oitavo do mundo e campeão do Rio Open 2017, primeira vitória dele sobre um tenista top 10.
Compatriota de Novak Djokovic, Djere tem o número 1 do mundo como exemplo, e acredita que o fato de eles viverem em um país que passou por guerras os torna mais fortes. "Temos a mentalidade de lutar até o final, uma motivação para enfrentar adversidades", disse o sérvio, que contou ter passado por momentos difíceis na sua vida. "Desde o início contei com o apoio dos meus pais. Quando eu tinha 15 anos, minha mãe descobriu um câncer e morreu dois anos depois. Em dezembro passado, perdi meu pai também por câncer. Não é fácil ter 23 anos e não ter pais. Mas sou grato por ter por perto minha irmã mais nova e minha namorada. Quero que tenham orgulho de mim".