Com lendas em quadra, Aberto da Austrália começa neste domingo à noite - Gazeta Esportiva
Com lendas em quadra, Aberto da Austrália começa neste domingo à noite

Com lendas em quadra, Aberto da Austrália começa neste domingo à noite

Gazeta Esportiva

Por GazetaEsportiva.net

18/01/2015 às 11:00

São Paulo, SP


A 47ª edição do Aberto da Austrália, realizada na cidade de Melbourne, será inaugurada na noite deste domingo e percorrerá toda a madrugada, assim como nas rodadas seguintes. Grandes lendas do tênis mundial estarão presentes e prometem brigar ferrenhamente pelo título histórico e por posições no ranking mundial. No entanto, o torneio não escapa das zebras, que podem aparecer, como já fizeram antes, e surpreender.


Atual campeão da chave masculina e número 4 do mundo, Stanislas Wawrinka foi uma surpresa em 2014, derrotando tenistas como Novak Djokovic e Rafael Nadal para conquistar seu primeiro e único Grand Slam na carreira.


Desta vez, porém, o suíço terá o peso nas costas de defender o título e provar que pode se manter entre os primeiros no ranking da ATP. Seu primeiro desafio na caminhada rumo ao bicampeonato será o turco Marsel Ilhan, 99º do mundo, na segunda-feira, às 22 horas (de Brasília).


Stanislas Wawrinka e a aposentada Na Li são os atuais campeões do Aberto da Austrália
Stanislas Wawrinka e a aposentada Na Li são os atuais campeões do Aberto da Austrália - Credito: Divulgação/Site Oficial


Maior campeão da era moderna do Aberto da Austrália com quatro troféus – junto com Djokovic e Andre Agassi -, o também suíço Roger Federer vive ótima fase desde o segundo semestre de 2014 e vem de título, conquistado na última semana, em Brisbane.


“Aconteceram muitas mudanças nos últimos seis meses que levam até o Aberto da Austrália’’, disse Federer lembrando os ajustes feitos por seu treinador, o ex-tenista e sueco Stefan Edberg. “Desta vez, estou jogando muito bem. Também venci em Brisbane na semana passada. Isso faz com que eu me sinta mais seguro neste ano entrando no Aberto da Austrália”, completou o vice-líder do ranking mundial.


Eliminado por Nadal nas semifinais da última edição, Federer estreia na manhã desta segunda, às 6 horas (de Brasília), contra o taiuanês Yen-Hsun Lu, número 46 do mundo. Os dois já duelaram duas vezes, ambas com vitória do suíço, que em sua chave ainda pode encontrar pelo caminho com Andy Murray e Rafael Nadal.


Roger Federer treina forte sob o comando de Stefan Edberg (à direita) em Melbourne (Foto: Paul Crock)
Roger Federer treina forte sob o comando de Stefan Edberg (à direita) em Melbourne (Foto: Paul Crock) - Credito: AFP


Falando no espanhol ex-número 1 do mundo, ele entra na competição como franco atirador, o que não é comum para o tenista de 28 anos, que vive nesta condição por conta de uma série de lesões ocorridas no ano passado, precisando operar de uma apendicite inclusive. Campeão em 2009, Nadal terá o russo Mikhail Youzhny como seu primeiro teste, à 01h00 da manhã desta segunda-feira.


"Eu não me considero favorito a ganhar aqui. No ano passado sim, mas este ano é uma história diferente", explicou o espanhol. "No ano passado eu vinha com ritmo e agora é diferente. Tenho que olhar a temporada de uma forma muito mais global que a curto prazo. Venho para cá com a intenção de fazer o melhor possível, mas sabendo que pode acontecer qualquer coisa desde o primeiro dia. Daqui até Roland Garros é uma parte do ano muito importante para mim", disse Nadal, deixando o favoritismo de lado.


Líder absoluto do ranking mundial e tetracampeão do Aberto da Austrália, o sérvio Novak Djokovic entra mais uma vez em um Grand Slam como principal favorito. Mesmo com a derrota precoce nas quartas de final do ATP 250 de Doha, na última semana, Nole tem a credencial para ser temido por qualquer adversário e para se tornar o maior ganhador isolado da história da competição. O comandado do lendário tenista alemão Boris Becker faz sua primeira partida diante do esloveno Aljaz Bedene, 116º do mundo, na segunda-feira, às 22 horas.


Mirando o penta, Novak Djokovic se prepara sob os olhares do treinador Boris Becker (Foto: Paul Crock)
Mirando o penta, Novak Djokovic se prepara sob os olhares do treinador Boris Becker (Foto: Paul Crock) - Credito: AFP


Brasil em Melbourne


Únicos tenistas a representar o Brasil em Melbourne, Thomaz Bellucci (65º) e João Souza (115º), o Feijão, terão enormes desafios na quadra rápida australiana. O primeiro terá uma pedreira espanhola logo de cara, David Ferrer (10º), às 22 horas de segunda-feira, enquanto o segundo encara o croata Ivan Dodig (86º), no mesmo dia e horário.


Número 1 do Brasil, Bellucci não tem boas recordações de Melbourne, já que seu melhor resultado foi alcançar apenas a segunda rodada em 2010, 2011, 2012 e 2014.


Mas é nas duplas onde o País tem mais chances de bons resultados. Isso porque Marcelo Melo (7º duplista do mundo) e Bruno Soares (10º) figuram no top10 do ranking mundial e prometem brigar pelo título. André Sá (75º) corre por fora nesta disputa.


Melo e Dodig começam enfrentando o alemão Andre Begemann e o holandês Robin Haase, enquanto Soares e Peya estreiam contra a dupla formada pelo sérvio Viktor Troicki e pelo russo Mikhail Youzhny. Já Sá e Pavic encaram os cabeças de chave número 11, os colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah. Todas as partidas estão marcadas para acontecer nesta segunda-feira, a partir das 22 horas (de Brasília).


Feminino


Se no torneio masculino há pelo menos quatro grandes candidatos ao título, entre as mulheres duas tenistas são as grandes candidatas a conquistar Melbourne. Líder e vice do ranking mundial, respectivamente, a norte-americana Serena Williams e a russa Maria Sharapova devem monopolizar a disputa pelo troféu.

Maior campeã da era moderna, Serena se desgasta em treino comandado por Patrick Mouratoglou (Foto: Paul Crock)
Maior campeã da era moderna, Serena se desgasta em treino comandado por Patrick Mouratoglou (Foto: Paul Crock) - Credito: AFP


Maior campeã da era moderna com cinco taças, Serena, que conta com novo técnico, não vence o Aberto da Austrália desde 2010, quando derrotou a belga Justine Henin na decisão. No ano passado, ela, assim como Sharapova, foi eliminada nas oitavas de final. Sendo assim, a pressão será maior nesta edição e, por isso, a melhor do mundo rechaça a condição de favorita.


“Eu me lembro do ultimo ano. Eu me sentia realmente bem, estava jogando bem. Então, sim, neste ano me sinto um pouco correndo por fora. Exceto pelo ano passado, que não deu certo para mim. Talvez por isso este seja diferente”, analisou a ganhadora de 18 Grand Slams, a maior da era moderna.


No caminho de sua redenção na Austrália, Serena encontrará a belga Alison Van Uytvanck (106ª) como primeiro obstáculo, às 8 horas (de Brasília) desta segunda-feira, enquanto Sharapova medirá forças com a croata Petra Martic (183ª), às 22 horas (de Brasília).


Ao menos as duas não terão a concorrência da atual campeã, a chinesa Na Li, que decidiu pela aposentadoria em setembro de 2014.

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