O tênis feminino brasileiro conseguiu um de seus resultados mais expressivos nas últimas décadas na noite desta quarta-feira. Pelas oitavas de final do WTA de Acapulco, no México, Bia Haddad, número 1 do Brasil e 172ª do mundo, teve uma atuação impecável e surpreendeu a norte-americana Sloane Stephens, quarta melhor ranqueada e campeã do Aberto dos Estados Unidos de 2017, vencendo por duplo 6/3 em pouco mais de 1h20 de partida.
Com o resultado, a tenista deu fim a dois longos jejuns do tênis feminino brasileiro. Desde julho de 1989, quando Andrea Vieira venceu a espanhola Conchita Martinez, 10ª do mundo à época, no saibro francês de Arcachon, o Brasil não triunfava sobre uma top 10.
Dadá Vieira também era a responsável pela última vitória do país diante de uma top 5. Em maio do mesmo ano, ela bateu a tcheca Helena Sukova, quarta melhor ranqueada, no saibro de Hamburgo, na Alemanha. Além disso, o triunfo de Bia se torna a maior vitória do Brasil na era aberta do tênis feminino (desde 1969).
Até então, o maior resultado da paulista de 22 anos havia sido em maio de 2017. Na oportunidade, ela derrotou a australiana Samantha Stosur, ex-top 5 e então 19ª colocada, em Praga, na República Tcheca. Bia já havia enfrentado rivais do top 10 como Jelena Ostapenko (duas vezes), Karolina Pliskova, Garbiñe Muguruza, Simona Halep e Angelique Kerber, mas sem obter vitórias, até dominar Stephens nesta quarta-feira.
O feito histórico faz com que Bia chegue às quartas de final em Acapulco e conquiste 60 pontos, 30 a mais do que tinha a defender nesta semana. Desse modo, a paulista deve cavar uma vaga entre as 150 melhores do mundo, ainda que siga distante de sua melhor marca: o 58º lugar, alcançado em setembro de 2017.
Agora, Bia encara a chinesa Yafan Wang, 65ª colocada, que eliminou a porto-riquenha Monica Puig, 58ª do ranking, por um lugar nas semifinais do evento mexicano.
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