Brasil renovado tem pequena queda, mas se consolida como terceira força - Gazeta Esportiva
Brasil renovado tem pequena queda, mas se consolida como terceira força

Brasil renovado tem pequena queda, mas se consolida como terceira força

Gazeta Esportiva

Por Redação

27/07/2015 às 09:04 • Atualizado: 30/05/2017 às 15:24

São Paulo, SP

O Brasil se consolidou como terceira força esportiva do continente americano ao completar o “pódio” geral do Pan de Toronto, posto obtido pela terceira edição seguida dos Jogos. Em números absolutos (41 medalhas de ouro, 40 de prata e 60 de bronze, somando 141), o desempenho do país no Canadá foi inferior ao de Guadalajara, em 2011 (48, 35 e 58, também 141), mas a presença crescente de jovens atletas na delegação verde-amarela também é digna de nota.

A lógica da renovação foi utilizada, por exemplo, pelo voleibol brasileiro. Com seleção mais jovem no masculino, enquanto a titular disputava a Liga Mundial, e mista no feminino (com outra parte na fase final do Grand Prix), o Brasil foi finalista em ambos os torneios, mas levou a prata, em contraste ao bicampeonato de que os homens vinham e à conquista do ouro pelas mulheres na edição passada.

Em algumas modalidades com grande tradição pan-americana, o Brasil confirmou seu bom desempenho e expandiu suas séries históricas. Foi o caso, por exemplo, do handebol feminino, que chegou ao pentacampeonato, mesma marca obtida pelo revezamento 4x100m masculino na natação.

Estrelas individuais também voltaram a brilhar. Na patinação artística, Marcel Stürmer encantou novamente os públicos do continente e faturou seu quinto ouro seguido. O velejador Ricardo Winicki consolidou sua hegemonia na classe RS:X masculina, da qual é agora tetracampeão. O judoca Tiago Camilo, por sua vez, alcançou o tri.

Menção honrosa ao nadador Thiago Pereira, que em Toronto se tornou o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos ao subir cinco vezes no pódio (três ouros, uma prata e um bronze). Além disso, o “Mister Pan” foi o segundo maior destaque individual do evento, ao lado da ginasta canadense Ellie Black. Ambos ficaram atrás apenas da também ginasta norte-americana Laura Zeng, que faturou cinco ouros.

Com medalhas conquistadas em Toronto, Thiago Pereira se tornou o maior medalhista em jogos Pan-Americanos (Foto:Divulgação)
Com medalhas conquistadas em Toronto, Thiago Pereira se tornou o maior medalhista em jogos Pan-Americanos (Foto:Divulgação)

A Seleção Brasileira de futebol feminino brilhou novamente e chegou à terceira medalha de ouro nas últimas quatro edições dos Jogos Pan-Americanos (foi prata em Guadalajara). Não tão vitoriosa na base quanto na categoria profissional, a equipe masculina voltou a ganhar medalha pan-americana, o que não conseguia desde a prata em 2003 (Santo Domingo), ao faturar o bronze com time sub-22 alternativo.


O território canadense também foi palco de conquistas inéditas para o país, como a primeira medalha de ouro da natação feminina, obtida por Etiene Medeiros nos 100m costas. Também foi o caso das mesatenistas brasileiras, que conquistaram prata histórica na competição por equipes. No individual, Lin Gui e Caroline Kumahara subiram no pódio pela primeira vez, conquistando prata e bronze, respectivamente.

Campeão olímpico, o ginasta Arthur Zanetti sobrou em nível pan-americano e conquistou ouro inédito nas argolas. O primeiro patamar do pódio também foi alcançado pela primeira vez pelo Brasil no pentatlo moderno, com título da medalhista olímpica Yane Marques. Outro resultado marcante foi o da seleção feminina de rúgbi, que conquistou a prata na primeira vez em que a modalidade foi disputada no Pan.

Arthur Zanetti confirmou favoritismo e conquistou ouro inédito para o Brasil nas argolas (Foto: Divulgação)
Arthur Zanetti confirmou favoritismo e conquistou ouro inédito para o Brasil nas argolas (Foto: Divulgação)


Embora tenha caído de rendimento com relação aos Jogos de Guadalajara, o time brasileiro de judô liderou novamente a modalidade no Pan de Toronto, com 13 medalhas (sendo cinco ouros – um a menos que na edição do México, duas pratas e seis bronzes).

Diante de tais resultados, no ano que antecede aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), falou em “objetivos e metas cumpridas” em Toronto, como a consolidação no top 3 do Pan. A entidade também declarou o custo total da expedição a terras canadenses em R$ 10 milhões de reais, obtidos através da Lei Agnelo/Piva, que destina 2% da arrecadação total das loterias federais do país ao COB e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), parcela dividida em fatias de 85% e 15% para cada órgão, respectivamente.

Focado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, o COB tem meta audaciosa de colocar o país entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas (após 22º posto em Londres) . A “Missão Rio”, no entanto, já foi oficialmente iniciada em Toronto por alguns atletas brasileiros.

Com o ouro no torneio individual, o mesatenista Gustavo Tsuboi já garantiu sua vaga olímpica em território canadense. Já a seleção masculina de hóquei sobre grama, com a conquista do quarto lugar no Canadá, assegurou classificação inédita aos Jogos Olímpicos.

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