“Não sei o que está acontecendo a portas fechadas, mas me incomoda saber que a punição para ele foi tão leve”, disse Peaty à rede britânica BBC.
“Não foi transmitida uma boa mensagem. Não digo só por ser Sun Yang, sim pela dopagem em geral. As pessoas pensarão que podem se dopar e que não serão punidas: ‘por que optar pelo trabalho e esforço?’”, analisou o nadador que, em Kazan, disputou seu primeiro Mundial.
Em Kazan, Peaty conquistou os títulos dos 50 e 100m peito, assim como o revezamento 4x100m misto medley. No Rio, ele pode se tornar o primeiro britânico a levar um ouro olímpico na natação nos últimos 28 anos.
Apesar de seus grandes resultados recentes, Peaty foi superado por Sun Yang na escolha do melhor nadador masculino do Mundial de Kazan. O chinês de 23 anos foi ao lugar mais alto do pódio nos 400 e 800m livre, prata nos 200m livre e desistiu de disputar a prova dos 1500m ao alegar dores no peito. Antes, porém, o asiático discutiu com Larissa Oliveira na piscina de aquecimento. De com a brasileira, o nadador teria puxado sua perna e posto o dedo em seu rosto por mais espaço na água.
Adam Peaty ainda garantiu que passou por sete ou oito testes antidoping durante o Mundial no qual ajudou a Grã-Bretanha a conquistar nove medalhas, maior número da história. “A única coisa que posso fazer é melhorar meus tempos e esperar que, se me venceram, que não seja pelo doping”, encerrou o nadador de apenas 20 anos.
