A Prova 9 de Julho terá sua 72°edição em 2018 e, mesmo sem ter se inscrito para a competição deste ano, Jaime de Oliveira marcou seu nome na história do evento. Atualmente com 54 anos, o ciclista foi oitavo lugar em 1982, décimo oitavo em 1981 e um fã de uma das mais tradicionais e importantes corridas ciclísticas da América do Sul.
" A 9 de Julho é a prova mais tradicional do Brasil, é uma prova internacional. Vinha gente do mundo todo correr aqui, na década de 1980, muito estrangeiro vinha aqui para correr nesta competição. Era a São Silvestre do Pedal. A Gazeta Esportiva naquela época acompanhava todo dia o ciclismo não só o nacional, como o Mundial. Infelizmente a mídia atual cobre muito mais o futebol do que outros esportes", afirmou Jaime.
Durante o treinamento que realizou no último sábado, Jaime destacou a felicidade de ver o filho, Jaime Vannucci de Oliverua, no ciclismo."Estou contente porque meu filho, depois de um tempo, se interessou pela bicicleta. Vai participar da 9 deJulho neste ano. Acho que vai ser uma experiência bem legal, está no sangue da família. Meu pai já é falecido, mas com certeza ele estaria orgulhoso do neto agora".
"Eu vejo que hoje em dia tem muita gente pedalando, a estrutura melhorou um pouco. Atualmente tem uma ciclovia, mas antigamente a gente treinava na estrada, você podia sair de casa com sua bicicleta com receio do trânsito, mas sem a preocupação com a segurança igual nos dias atuais. Tínhamos mais liberdade de treinamento. Mas eu acredito que o interesse pela bicicleta está voltando, as pessoas estão mais engajadas", continuou.
Por fim, Jaime destacou que falta investimento e projetos para que o ciclismo cresça no Brasil. "Eu acredito que se a gente tiver uma política correta, que melhore a segurança, iremos melhorar aos poucos. Nós temos material humano pra começar a despontar, falta investimento, faltam provas. Na minha época, a Federação era atuante, tínhamos corridas todo fim de semana e hoje em dia eu não vejo mais isso".
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