A bicampeão mundial de maratonas, Edna Kiplagat, quer receber R$ 4 milhões correspondentes aos valores de premiação que deixou de ganhar após ser vice-campeã do Majors. Segundo a atleta queniana, nessas duas oportunidades ela acabou perdendo para competidoras que usaram substâncias ilegais para aumentar seus rendimentos.
A russa Liliya Shobukhova venceu Kiplagat e lucrou R$ 2 milhões na temporada 2010/2011. Já a compatriota de Kiplagat, Rita Jeptoo, acabou à frente da queniana no ranking da temporada 2013/2014. Ambas as atletas que levaram vantagem foram suspensas por doping. Maratonas de grandes cidades ao redor do mundo como Nova York, Londres, Chicago, Boston, Tóquio e Berlim fazem parte do circuito.
“Meu talento está sendo gasto. Eu não tenho nenhuma motivação. Shobukhova e Jeptoo foram suspensas, mas eu não recebi o pagamento que foi tirado de mim”, lamentou Kiplagat.
Os organizadores do circuito tentaram receber de volta a premiação paga às atletas, no entanto, não há pistas se eles conseguiram o dinheiro. Flagrantes de atletas em exames antidoping como Jeptto, Shobukhova e outros grandes nomes do atletismo têm ajudado a denegrir a imagem do esporte, juntamente com os escândalos de corrupção na entidade que regula a modalidade, a Iaaf.
Edna Kiplagat também afirmou que, apesar de ter saído prejudicada de toda essa história, irá focar na próxima maratona, que deve ser disputada em abril, para se qualificar aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ela também comentou que deseja ajudar a melhorar a imagem dos atletas quenianos após os escândalos de dopagem.
“Minha principal maratona está programada para abril e irá me qualificar para as Olimpíadas. Os Jogos Olímpicos desse ano é o meu principal objetivo. Queremos mudar a imagem dos atletas quenianos, que foi prejudicada ano passado depois de alguns casos se doping. Queremos trazer de volta uma imagem boa”, finalizou.
