Cortado de Toronto, único medalhista olímpico do taekwondo brasileiro quer redenção em Lima
Por Tomás Rosolino e Marina Bufon
23/07/2019 às 08:00
São Paulo, SP
"Foi sim (muito triste não ir para Toronto). Eu já tinha entrado como titular da Seleção, infelizmente eles quiseram me cortar, fizeram uma panela. Infelizmente isso no Brasil funciona, tem panelas sim, fizeram lá e me tiraram de Toronto", iniciou o atleta.
No entanto, isso não tirou dele a vontade de vencer. Na mesma semana, ele conseguiu a classificação para os Jogos Olímpicos Universitários e conquistou a única medalha brasileira do taekwondo na competição. "Fui lá e fui o único medalhista e sou o atual único brasileiro que tem duas medalhas em Jogos Olímpicos Universitários dentro do taekwondo brasileiro. Fui vice-campeão olímpico universitário, me ajudou bastante na pontuação também", completou.
Depois, ele disputou as Olimpíadas do Rio, em 2016, e foi medalhista de bronze, o único medalhista olímpico do Brasil na modalidade, além de também ser o primeiro medalhista de Mundial. Agora, seu foco está totalmente voltado para a disputa do Pan-Americano, torneio que foi cortado em 2015 e, agora, tem sangue nos olhos.
"Lima é o objetivo maior. Semana que vem já embarco pra lá, não vejo a hora de lutar. Está difícil, não aguento mais esperar, estou louco para começar os Jogos para entrar, lutar, dar o melhor, representar bem o taekwondo, representar bem o nosso país, nosso esporte. Eu não vejo a hora de meter porrada naqueles caras", finalizou.
Maicon Andrade busca mais marcas expressivas na carreira. Aos 26 anos, ele pode ser o primeiro brasileiro a conquistar medalhas em todas as competições da modalidade. Ele soma, atualmente, um bronze no Rio-2016 e um bronze no Mundial de Manchester, na Inglaterra, além de ouro nos Jogos Sul-Americanos, de 2018. Agora, para completar, só falta a sonhada medalha no Pan.