"A expectativa é muito alta, até porque a gente já teve o Pan-Americano de judô e eu acabei vencendo. Eu estou trabalhando bastante, porque os atletas acabam ficando mais visados. Então estou trabalhando a parte tática, que é importante, mas acima de tudo a psicológica. Nunca fui para o Pan, mas sei que é uma competição diferente", disse Daniel em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.
"Tenho que pensar em uma luta de cada vez. A primeira luta já é uma final, porque se você não passar da primeira não tem uma segunda. Por dividir tatame com pessoas experientes, eu acabo pegando essas vivências e as coisas não ficam tão distantes. Eu sei onde eu estou caindo, sei que no tatame vai ser como sempre é e espero ter treinado pelo menos o mesmo que o meu adversário", completou.
Estreante e com uma longa trajetória a percorrer, Daniel se apega a um grande nome do judô brasileiro para escrever sua própria história: João Derly. Bicampeão mundial e medalhista nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, o ex-judoca é o ídolo de Daniel, que exaltou o contato constante com o companheiro de tatame e as lições tiradas.
"A minha inspiração e meu ídolo no esporte é o João Derly. Ele foi bicampeão mundial e foi do mesmo peso que eu, então é alguém que eu me inspiro e sabe o que estou passando. Volta ou outra ele acaba me ajudando, dando conselhos, porque a forma como ele lutava me agradava muito. Saber o que ele pensou em alguns momentos é incrível", comentou.
"O João não é uma pessoa super-sentimental. Ele é do jeito dele. Ele sempre me diz que tenho que fazer mais que os outros. Quando ele estava mal ele, ainda assim, dava o seu melhor sempre. Então o João me dá dicas de como manter uma postura de campeão", finalizou Daniel.
