Depois da indignação causada pela acusação de que Sebastian Coe, o britânico presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), havia feito um lobby para eleger a cidade de Eugene, nos EUA, a sede do Mundial de 2021, outra polêmica volta a sondar o campeão olímpico.
Segundo informações do portal britânico Daily Mail, o Governo do Reino Unido financiou a campanha para a eleição de Coe com dinheiro público. O valor é estimado em 63 mil libras, o equivalente a cerca de 360 mil reais. O Governo contratou uma empresa de relações públicas que promoveu a campanha e assumiu os gastos, incluindo viagens - Coe foi três vezes ao Canadá com foco na promoção da candidatura.
A polêmica tem contornos ainda piores por surgir em um momento de cortes no país. O Ministério da Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido reduziu seu orçamento em 20%, causando indignação.
A imprensa britânica é enfática ao criticar a quantidade de dinheiro aplicado em Coe. "Poderia-se obter dois atletas de elite, a nível Olímpico e campeões mundiais em potencial", segundo o Daily Mail. "A taxa comum para se manter um atleta top profissional na Inglaterra é de 30 mil libras anuais, então sobraria ainda algum dinheiro a ser investido", é citado no texto.
Coe disse na época que pretendia "promover os interesses esportivos do Reino Unido a nível internacional". Além disso, os esportes de menor expressão na Terra da Rainha lamentam que a injeção de dinheiro público seja muito maior nos esportes de elite, enquanto os outros são negligenciados.
