A Seleção vem se preparando para a competição classificatória para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em data a ser divulgada pela Federação Internacional de Ginástica após a reformatação do calendário. A alternativa viável foi que as atletas executem os movimentos em frente à câmera do computador. Tudo é observado pelos membros da equipe multidisciplinar responsáveis pela orientação de cada tarefa.
Os treinos em regime de recolhimento estão acontecendo desde o início de abril. Porém, a equipe enfrenta diferentes desafios diariamente além das cordas, arcos, maças e fitas. A estrutura de internet e espaço nas casas das atletas são obstáculos nesta adaptação de treinamentos.
“Há ginastas que moram em apartamentos: jogam o aparelho para cima e ele bate no teto. Enquanto não receberem bronca do pessoal responsável pelo condomínio, vamos tocando a vida. Cada uma buscou uma solução. Uma delas está praticando no salão de uma igreja que fica na frente da casa dela. Tem outra que não dispõe de wi-fi em sua casa, e recebe as orientações para treinar pelo Whatsapp. Estamos nos virando como podemos”, conta Camila Ferezin, treinadora da Seleção Brasileira.
Com a nova rotina, os horários de treinos também foram alterados. Das 9h às 13h são realizados os treinos conjuntos com o auxílio de aplicativos. À tarde, acontece a sessão comum de fisioterapia, de 45 minutos, comandada por Paulo Márcio Oliveira, chefe da equipe de fisioterapia. Semanalmente ocorrem sessões individuais e conjuntas de orientação psicológica, a cargo de Carla Di Piero e Ana Vitória Renaux.
