“Dois anos passam muito rápido, mas até chegar em Paris tem várias etapas a serem seguidas. Uma delas é a classificação, que vai acontecer no ano que vem. Então, está bem próximo. A equipe do Brasil está se preparando muito bem, o foco nunca é individualmente. Lógico que, nas Olimpíadas, cada um depois busca o seu resultado individual, mas o foco principal é sempre voltado ao coletivo, para a gente conseguir levar uma equipe completa para as Olimpíadas”, explicou Zanetti.
O experiente ginasta entende que as medalhas conquistadas nas argolas (ouro em Londres-2012 e prata no Rio-2016) não alteram o seu estilo de preparação para mais uma disputa de Jogos Olímpicos. Segundo ele, é necessário pensar sempre em etapas: “A gente fala que nunca pode dar um passo maior do que consegue, porque podemos acabar tropeçando, caindo e não chegando no objetivo. Então, é passo a passo mesmo”.
“Tem a classificação para as Olimpíadas. Depois, se conseguir uma equipe completa, precisa ver se você estará na equipe. Chegando nas Olimpíadas, tem a classificatória para a final. Ainda há muitas etapas para serem seguidas. E temos que seguir cada etapa devagar até chegar na final”, acrescentou.
VICE-CAMPEÕES DAS AMÉRICAS!
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— Confederação Brasileira de Ginástica (@cbginastica) July 18, 2022
Campeão mundial nas argolas em 2013, Zanetti acredita que a expectativa para os Jogos de Paris é superar a atuação em Tóquio-2020. Como exemplo da evolução, ele citou o desempenho no último Pan-Americano de Ginástica, ocorrido entre junho e julho deste ano.
“Vimos agora, no Pan-Americano do Rio, que os Estados Unidos estavam praticamente com a equipe principal - e a gente também. Geralmente, eles eram top-5 do mundo e estávamos em sétimo, oitavo. Sempre perdíamos para eles de sete, oito pontos. Dessa vez, ficamos bem próximos: um ponto. A gente se aproximou deles e sabe que tem sempre potencial para sempre estar crescendo”, disse Zanetti, que garantiu o ouro nas argolas.
Na última edição do Pan de Ginástica, o Brasil terminou em segundo na disputa entre equipes masculinas, ficando atrás apenas dos americanos. Além de Zanetti, Caio Souza conquistou outras cinco medalhas: ouro no individual geral e no salto, prata nas argolas e na barra fixa (com Arthur Nory em terceiro) e, por fim, bronze nas barras paralelas.
Já no torneio feminino, as brasileiras ganharam o ouro por equipes, superando as americanas. Campeã no salto e prata no individual geral em Tóquio, Rebeca Andrade também venceu a disputa por barras assimétricas e foi vice nas traves no Pan. Já Flávia Saraiva faturou o ouro no individual geral, na trave e ainda garantiu a segunda colocação no solo.
Por fim, Arthur Zanetti ainda falou sobre o papel de seu filho no dia a dia. Com apenas um ano e dez meses de idade, Liam já brinca nas argolas e deve marcar presença em Paris ao lado da esposa do ginasta, Jéssica Zanetti.
“Meu filho está sendo a minha paixão, a melhor fase da minha vida. É a alegria da família. Pretendo estar nas Olimpíadas e, se eu for, com certeza ele e a minha esposa estarão lá para prestigiar. Espero que nada aconteça até lá, que tenha público novamente, que todo mundo possa curtir esse momento especial”, concluiu Zanetti.