Ginasta usa collants feitos pela mãe e muda visual a pedido do namorado - Gazeta Esportiva
Ginasta usa collants feitos pela mãe e muda visual a pedido do namorado

Ginasta usa collants feitos pela mãe e muda visual a pedido do namorado

Gazeta Esportiva

Por Bruno Ceccon

29/01/2015 às 19:38

São Paulo, SP


De Toledo, no interior do Paraná, Ana Luiza Erdman já viu suas criações usadas em Mundiais e Jogos Pan-americanos. Aos 23 anos, a ginasta Angélica Kvieczynski, de visual novo a pedido do namorado, mantém o costume de competir com collants confeccionados pela mãe.


Então com apenas 9 anos, Angélica conheceu a ginástica rítmica ao passar diante de um ginásio, acompanhada por Ana Luiza. Desde o começo da carreira da filha, hoje principal nome do Brasil na ginástica rítmica, ela confecciona os collants usados em treinos e competições.


“Minha mãe aprendeu a costurar com a minha avó. Quando era pequena, faltava alguém para fazer os meus collants. Eu era a pior ginasta e não tinha, então minha mãe fez um para mim. Depois disso, começou a fazer também para as outras ginastas, e foi evoluindo”, explicou Angélica.


A técnica Anita Klemann gostou dos collants produzidos por Ana Luiza para a pequena Angélica, o que contribuiu para aumentar a produção. Atualmente, com sua filha na elite mundial, ela costuma buscar inspiração para as peças no Lago Municipal de Toledo.


“Minha mãe tem uma cabeça mirabolante. Em um dia qualquer, se isola debaixo de uma árvore na beira do lago e, quando volta, já faz tudo. É uma artista. Às vezes, dou alguns palpites, de acordo com a música. Ela faz do jeitinho que eu peço. Ainda tem aquele amorzinho de mãe”, sorriu a jovem.

A paranaense Angélica Kvieczynski tem duas irmãs mais novas, mas é a única da família na ginástica rítmica
A paranaense Angélica Kvieczynski tem duas irmãs mais novas, mas é a única da família na ginástica rítmica - Credito: Fernando Dantas/Gazeta Press
Angélica confessa ser desorganizada com seus pertences, mas é apegada às mais de 50 peças produzidas pela mãe. “Tenho tudo bagunçado, menos minhas coisas de ginástica. Eu guardo todos os collants, tenho ciúmes até de emprestar. Os de 2015 ainda estão sendo bolados”, afirmou.


Angélica não muda o costume de competir com os collants feitos pela mãe, mas decidiu atender um pedido de seu namorado e deixar os cabelos na tonalidade natural. A ginasta namora Daniel Paiola, destaque do Brasil no badminton – nesta quinta-feira, ele acompanhou de perto a apresentação da jovem à imprensa no Clube Esperia, em São Paulo.


“Sou apaixonada por cabelo preto, acho muito bonito, mas dá um trabalhão mantê-lo preto sendo loirinha. A pedido do meu namorado, estou deixando natural. Dei uma mudada, mas se eu não me acostumar, pinto de preto de novo”, ameaçou a ginasta.

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