Gatlin pede desculpas por doping e se diz triste com vaias em Londres - Gazeta Esportiva
Gatlin pede desculpas por doping e se diz triste com vaias em Londres

Gatlin pede desculpas por doping e se diz triste com vaias em Londres

Gazeta Esportiva

Por Redação

22/08/2017 às 10:30

São Paulo, SP

Responsável por acabar com a hegemonia de Usain Bolt na prova dos 100m, o americano Justin Gatlin, campeão mundial da prova em Londres, no torneio que teve fim na semana passada, veio a público oficialmente para pedir desculpas pelas duas punições por doping, e disse que as vaias no estádio Olímpico, quando aparecia em destaque para o público durante as competições, o machucaram.

“As vaias me machucaram. Eu não estava lá por mim, mas por meu país. Talvez as vaias fossem para mim, mas eu estava no pódio pelas pessoas que me amam e pelo país que eu amo”, disse Gatlin em entrevista ao canal ITV News.

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Além dele, outro americano também bateu Bolt. Na prova final, Christian Coleman conquistou a medalha de prata e o jamaicano, sem apresentar a melhor forma de outrora, terminou em terceiro.

Gatlin, aos 35 anos, foi medalha de ouro na Olímpiada de Atenas, em 2004, e campeão mundial em 2005, em Helsinki. Em 2001, escapou de uma suspensão – levando apenas advertência -, e foi suspenso, sem escapatória, e por quatro anos, em 2006. “Se eles querem uma desculpa oficial, eu me desculpo. Me desculpo por qualquer erro que eu tenha cometido no esporte”, ponderou.

Gatlin homenageou o ídolo Usain Bolt após vencê-lo no Mundial de Londres (Foto: Jewel Samad/AFP)


Na primeira vez em que foi flagrado com a presença de substâncias proibidas, o americano levou uma pena de dois anos, mas acabou sendo apenas advertido ao alegar que o remédio era parte de um tratamento para déficit de atenção, tomado desde a infância. Ao testar positivo para testosterona, em 2006, foi suspenso por oito anos. A sua defesa, porém, argumentou as circunstâncias do primeiro caso e ele teve a pena reduzida pela metade.

Perguntado sobre o motivo por nunca ter falado sobre o assunto, Gatlin fez uma revelação: “A carta que eu escrevi [para a Federação Internacional de Atletismo (IAAF)] foi suprimida por quase seis anos. Não tenho certeza quem ou porque suprimiram. Mas eu pedi desculpas. Eu comecei a participar de um programa onde eu falava com as crianças sobre armadilhas de pessoas erradas, para elas seguirem o caminho e fazer as coisas certas. Eu era um modelo para o futuro. E ainda me sinto assim”, concluiu.

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