O Brasil segue se destacando no Mundial de Atletismo Paralímpico, que acontece em Doha, no Catar. Nesta segunda-feira Felipe Gomes, prata nos 100m T11, categoria para cegos totais, venceu os 400m com o tempo de 50s89, entretanto, instantes após o término da corrida, recebeu a notícia desagradável de que seu guia teria pisado na linha que divide as raias dos competidores e, perante as regras do esporte, foi desclassificado.
Com a perda da medalha de ouro, quem se sagrou campeão foi outro brasileiro, Daniel Silva, que havia chegado na segunda posição. Tanto Felipe quanto Daniel acabaram tendo que completar os últimos metros da prova sem os seus guias, que não conseguiram acompanhar o ritmo intenso dos atletas, mas se mantiveram próximos a eles.
Daniel Silva foi seguido pelo espanhol Gerard Puigdevall, que marcou 51s28, ficando com a prata, e o francês Timothee Adolphe, com 51s61, fechando o pódio dos 400m.
Espanha e França abriram um processo contra os brasileiros contestando a validação de suas posições, com a justificativa de que ambos correram os últimos metros da prova sem seus respectivos guias. Entretanto, segundo o regulamento da competição, é permitido que os atletas completem as provas sem seus guias caso sofram lesões ou estejam próximos aos atletas.
Já o Comitê Paralímpico Brasileiro protestou contra a organização do Mundial, que concedeu a punição à Felipe Gomes. Ciro Wrinckler, coordenador técnico do CPB, disse que pelos vídeos analisados não houve a tal pisada na raia que tirou o ouro de Felipe e aguarda ansiosamente a decisão do júri da prova.
