COB explica programa e vê avanços na gestão das confederações do Brasil - Gazeta Esportiva
COB explica programa e vê avanços na gestão das confederações do Brasil

COB explica programa e vê avanços na gestão das confederações do Brasil

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero

09/07/2019 às 16:57 • Atualizado: 09/07/2019 às 20:33

Rio de Janeiro, RJ

Em evento realizado nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) apresentou os primeiros resultados do que chama de "processo sem volta" do esporte de alto rendimento no País. Também explicou o funcionamento do novo programa de desenvolvimento corporativo, responsável pela modernização da gestão das confederações olímpicas.

O encontro contou com a presença da alta cúpula do esporte olímpico nacional. Além do presidente do COB, Paulo Wanderley, e do vice Marco La Porta, marcaram presença mandatários de confederações e outros dirigentes envolvidos com o programa GET (Gestão, Ética e Transparência).

Idealizado pelo COB, começou a ser implementado nas confederações em meados de 2017 com o intuito de estimular "boas práticas de governança". O programa busca ajudar não só na recuperação estrutural de tais entidades, mas também resgatar sua credibilidade junto ao mercado, atraindo patrocinadores.




Na prática, o programa tem o COB como auxiliador dessas confederações na busca por soluções de seus problemas de gestão. A ideia é que, a médio e longo prazo, as entidades se atualizem em relação às práticas mais modernas dos processos administrativos e se regularizem junto à legislação esportiva, condição essencial para receber os recursos do COB.

"O esporte tem a necessidade de modernizar sua gestão. É um processo sem volta. O desafio é fazer o esporte uma referência maior do que é hoje para nossa sociedade. Hoje temos um limite de possibilidades de eleição de um presidente de confederação, temos todas as regras de transparência dos regulamentos. Esse programa tem auxiliado muito em todas essas ações", disse o diretor geral do COB, o ex-judoca Rogério Sampaio.

"A adesão ao GET influencia diretamente no recebimento de recursos do COB. Hoje, 15% do que cada confederação recebe é impacto de processos administrativos de cada gestão. Reconheço os esforços das confederações brasileiros, sabemos da dificuldade de cumprir todas as leis. Mas estamos caminhando juntos em uma nova direção. Vamos avançar em soluções para todos os problemas", acrescentou.

Baseado em três pilares – austeridade, meritocracia e transparência -, o GET utiliza um modelo chamado pelo COB de "referência de maturidade organizacional", que já ajudou as confederações na criação de conselhos de administração e de ética com membros eleitos por assembleia.

"Nosso objetivo é otimizar os recursos, diminuir custos e proporcionar aos atletas as melhores condições possíveis. O mundo está mudando, o Brasil está mudando, e essa premissa vale para todos. Juntos vamos avançar na gestão esportiva do nosso país", concluiu Sampaio.

CASOS DE SUCESSO

Virna Atiê, representante da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) na reunião, ressaltou a importância do programa no processo de reestruturação da entidade, que já chegou a ser suspensa pela FIBA (Federação Internacional de Basquete) por problemas financeiros e de gestão – hoje, sob o comando de Guy Peixoto, a CBB voltou a ser filiada da Fiba.

"Pegamos uma gestão bem difícil. O presidente, quando assumiu, estava num cenário complicado. É um desafio difícil porque não temos recursos financeiros. E a ideia é que a gestão viesse para que a gente voltasse a ter credibilidade no mercado. O GET nos ajuda a trazer essa governança, a ter processo, rotina, padrão. Saímos de um cenário zero, e hoje estamos evoluindo e aderindo ao programa, o que é prioridade", disse.

A Gazeta Esportiva apurou que algumas confederações se encontram em estágio mais avançado no processo de modernização de gestão, casos da Confederação Brasileira de Desportos na Neve, Confederação Brasileira de Judô, Confederação Brasileira de Vôlei e a Confederação Brasileira de Golfe. Ao final do evento, além das entidades citadas, outras 20 de um total de 35 receberam medalhas pela adesão ao GET.

Abaixo, veja todas as confederações premiadas com medalhas:

Cbat (Confederação Brasileira de Atletismo)
Cbbd (Confederação Brasileira de Badminton)
CBB (Confederação Brasileira de Basquete)
Cbboxe (Confederação Brasileira de Boxe)
Cbca (Confederação Brasileira de Canoagem)
Cbdn (Confederação Brasileira de Desportos na Neve)
CBE (Confederação Brasileira de Esgrima)
CBG (Confederação Brasileira de Ginástica)
Cbgolfe (Confederação Brasileira de Golfe)
Cbhb (Confederação Brasileira de Handebol)
CBH (Confederação Brasileira de Hipismo)
Cbhg (Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama)
CBJ (Confederação Brasileira de Judô)
Cbpm (Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno)
CBR (Confederação Brasileira de Remo)
Cbrugby (Confederação Brasileira de Rugby)
Cbtkd (Confederação Brasileira de Taekwondo)
Cbtm (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa)
Cbte (Confederação Brasileira de Tiro Esportivo)
Cbtri (Confederação Brasileira de Triathlon)
Cbtarco (Confederação Brasileira de Tiro com Arco)
Cbvela (Confederação Brasileira de Vela)
CBV (Confederação Brasileira de Vôlei)
Cbwrestling (Confederação Brasileira de Wrestling)

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