A ciclista belga de apenas 19 anos, Femke Van den Driessche, foi banida do esporte por seis anos após condenação por “fraude tecnológica”. A União Internacional dos Ciclistas (UCI), anunciou nesta terça-feira a punição à atleta.
A penalidade ocorre após a UCI descobrir um motor elétrico na bicicleta de Van den Driessche durante a prova de Zolder, na Bélgica, no Campeonato Mundial de ciclocross, em janeiro deste ano. A bicicleta da atleta foi escaneada após a prova e o motor foi encontrado no quadro, ligado à uma bateria no cano do banco, controlada por um botão via bluetooth no guidão.
À época, Femke culpou um mecânico e negou sua relação com a bicicleta. "Esta não era minha bicicleta. Pertencia a um amigo e era idêntica à minha. Este amigo foi reconhecer o percurso no sábado e colocou sua bicicleta de volta no caminhão. Um mecânico, que pensava que fosse a minha, a preparou para a corrida", explicou a jovem ciclista ao canal Sporza, jurando que "ignorava totalmente" a existência de um motor.
"Nós investimos muito no desenvolvimento desta nova tecnologia de escaneamento e aumentamos as punições aplicáveis para aqueles que trapaceiem nesta questão. Esse caso é uma vitória importante para a UCI e para os fãs, atletas e times que querem limpar nosso esporte desses trapaceiros", falou o presidente da União, Brian Cookson.
Além da suspensão de seis anos, que terminará no dia 10 de outubro de 2021, a belga deverá pagar a quantia de 20 mil francos suíços (R$ 72.600) em indenização e devolver as medalhas e premiações que recebeu no período desqualificado – desde outubro de 2015. Seu nome também sairá dos rankings e não mais será relacionado a nenhum título.
Van den Driessche foi campeã europeia sub-23 em 2015 e neste ano havia conquistado o campeonato belga da categoria. A atleta foi a primeira ciclista denunciada por “doping mecânico” na história.
