Brasileiro bate recorde da Travessia das Américas de bicicleta - Gazeta Esportiva - Muito além dos 90 minutos
Brasileiro bate recorde mundial da Travessia das Américas de bicicleta, sem suporte

Brasileiro bate recorde mundial da Travessia das Américas de bicicleta, sem suporte

Gazeta Esportiva

Por Redação

03/09/2023 às 16:17

São Paulo, SP

Na noite deste sábado (2), Leandro Carlos da Silva, conhecido como "Léo Pedalando pelo Mundo", terminou a travessia sem apoio de 22.434,79 km de Prudhoe Bay, no Alasca, até Ushuaia, na Argentina, estabelecendo um novo recorde pan-americano, sem suporte.

O ciclista de Caldas Novas (GO), começou no dia 30 de maio, em Prudhoe Bay, no norte do Alasca, a tentativa de estabelecer um novo recorde mundial. O objetivo: chegar à Bahia Lapataia, no Ushuaia, no extremo sul da América do Sul, em menos de 97 dias.

Léo chegou ao seu destino após 95 dias, 16 horas e 57 minutos, superando o recorde anterior sem suporte em 2 dias, 4 horas e 12 minutos, que era do alemão Jonas Deichman, conquistado em novembro de 2018. Ele percorreu 22.434,79 km, com 123.803 metros de altimetria acumulada, cruzou 15 países, diversos fusos horários e todas as zonas climáticas do planeta.

Além desse, o ciclista também estabeleceu o novo recorde da travessia mais rápida sem suporte da América do Norte (Proudhoe Bay) à América Central (Cidade do Panamá), em 49 dias. O anterior para o mesmo trecho era de 52 dias.

Léo não teve um veículo de apoio que o seguia, assim era ele que tinha que levar seu equipamento, carregar seus eletrônicos, além de lavar sua própria roupa e comprar sua comida. Quando não encontrava hotel nas cidades em que pernoitava, ficava em sua barraca de camping, ou dormia ao relento nos acostamentos das rodovias do trajeto.

Condições extremas e intempéries - Ao longo do percurso, o ciclista enfrentou as mais diversas intempéries e condições extremas: frio extremo no Alasca, incêndios no Canadá, ondas fortes de calor e chuvas de granizo nos Estados Unidos e México, dificuldades nas passagens de fronteiras na América Central, falta de internet e energia elétrica na Venezuela, estradas precárias (sem asfalto) no Brasil e na Bolívia, frio e ventos contrários na Patagônia Argentina.

A bicicleta utilizada foi uma Gravel Bike e passou por três revisões durante toda travessia. A primeira nos Estados Unidos, a segunda no Panamá e a terceira no Brasil. Foram quatro jogos de pneus, quatro cassetes e oito correntes durante toda travessia, com a bicicleta Univox da Swift Carbon. Os componentes são da Shimano e a coroa da Ictus.

Léo pedalou sem nenhum dia de descanso. Fez média de 236,15 km por dia. "Em 2022, tentei quebrar o recorde, mas por problemas de saúde tive que adiar o sonho. Nesse ano, mais preparado, munido de barraca de camping, com ajuda de especialistas, estabeleci a rota que ia seguir antes mesmo de sair do Brasil, e esses foram fatores primordiais para a conquista do objetivo", explicou lembrando seu bordão: "Bora girar o pedivela. É pra frente que se anda".

Para a aventura, o ciclista teve apoio da Shimano, Sense, Swift Bicycles, Caldasnovasapp, Ictus.Its e LM Mining Company.

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