"Uma história que ninguém vai tirar de mim", diz Giovannoni sobre carreira na Seleção - Gazeta Esportiva
"Uma história que ninguém vai tirar de mim", diz Giovannoni sobre carreira na Seleção

"Uma história que ninguém vai tirar de mim", diz Giovannoni sobre carreira na Seleção

Gazeta Esportiva

Por Cecília Eduardo

08/09/2018 às 14:00 • Atualizado: 10/09/2018 às 17:17

São Paulo, SP

Hoje no Corinthians, Giovannoni fala com carinho da Seleção (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Uma geração cheia de nomes brilhantes na Seleção Brasileira aos poucos vai sendo renovada com atletas novos. E no ano passado, após 16 anos vestindo a camisa verde e amarela no profissional, Guilherme Giovannoni foi um dos que encerrou a carreira representando o país dentro de quadra. Ainda na ativa, hoje no Corinthians, o ala-pivô coleciona momentos de decepções e glórias com o Brasil.

Com a Seleção, os títulos conquistados por Giovannoni são: um Pan-Americano, em 2003, um Sul-Americano em 2003 e duas Copas América, em 2005 e 2009. A geração do camisa 12 também conseguiu encerrar um jejum de 16 anos fora das Olimpíadas. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o jogador falou de sua trajetória na Seleção. "Foram vários momentos. A classificação para a Olimpíada, a vitória do Pan em 2003, a vitória da Copa América em 2005 e 2009, as disputas das duas Olimpíadas. Isso tudo, são coisas muito marcantes e conquistas que tenho um carinho muito grande".

Mesmo com os títulos importantes, a geração que contou também com Leandrinho, Marcelinho, Varejão, Tiago Splitter, Alex Garcia, entre outros bons nomes, ficou marcada por derrotas amargas e a ausência em duas Olimpíadas. Para Giovannoni, a equipe foi evoluindo com o tempo. "Acho que nos primeiros anos, apesar de termos uma equipe boa, era um time muito jovem. Conforme fomos ganhando um pouco mais de rodagem, a gente foi incomodando um pouco mais. Claro que todo mundo fala que poderíamos ter tido resultados mais expressivos, mas a gente sabe da dificuldade que é", explicou.




Essa evolução que aconteceu com o passar do tempo foi acompanhada por diferentes técnicos e filosofias. Convocado primeiro por Hélio Rubens, seguido por Lula Ferreira, Giovannoni viu, a partir de 2008, a CBB iniciar uma sequência de apostas estrangeiras. O primeiro foi o espanhol Moncho Monsalve, dois anos depois, Ruben Magnano veio da Argentina para ajudar a recolocar o Brasil nas Olimpíadas depois de 16 anos. Hoje, quem comanda a Seleção é o croata Aleksandar Petrovic.

Sobre os técnicos estrangeiros à frente do Brasil há mais de uma década, Giovannoni acredita ter um lado muito positivo, mas enxerga potencial nacional para treinar a Seleção. "Acho que foi bom e está sendo bom ainda, porque o Petrovic é um excelente técnico. Mas eu acho que hoje os técnicos brasileiros têm totais condições de assumir a Seleção Brasileira. Agora é uma questão de escolha da confederação. Eles escolheram continuar com estrangeiros, com experiência em Olimpíadas também e eu acho válido. Mas hoje a gente tem técnicos aqui com condições de dirigir a Seleção", afirmou.

A decisão de Giovannoni de se aposentar em 2017, aos 37 anos, foi junto com um sentimento de dever cumprido e sonho concretizado de uma criança que, vendo grandes nomes brasileiros jogando em Piracicaba, sua cidade natal, pensava em um dia ser jogador de basquete. "Foi um dos sonhos de criança que tinha. Quando pequeno, eu queria ser jogador de basquete e jogar na seleção brasileira. Foi um sonho que eu fui realizando etapa por etapa, primeiro nas categorias de base, depois profissional, chegando no Sul-Americano, Pan-Americano, Mundial e enfim as Olimpíadas. Tem toda uma trajetória da qual eu tenho um orgulho muito grande, uma história que ninguém mais vai tirar de mim", contou o ala do Corinthians.



 

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