Oscar explica perda de espaço do basquete brasileiro: "Não ganha" - Gazeta Esportiva
Oscar explica perda de espaço do basquete brasileiro: "Não ganha"

Oscar explica perda de espaço do basquete brasileiro: "Não ganha"

Gazeta Esportiva

Por Redação

27/05/2019 às 08:00

São Paulo, SP

Oscar Schmidt foi o convidado do programa Mesa Redonda deste domingo, na TV Gazeta. Um dos principais nomes da história do basquete nacional e internacional, o ex-jogador, hoje com 61 anos de idade, não hesitou ao explicar o motivo pelo qual o basquete brasileiro perdeu espaço ao longo do tempo. Para ele, a questão está pura e simplesmente relacionada aos resultados obtidos pela Seleção.

"O basquete brasileiro perdeu espaço porque não ganha. O torcedor gosta de ver a Seleção Brasileira ganhar, em qualquer esporte. Só não entendo o futebol, porque também não ganha. Já fui no Maracanãzinho, no Morumbi, e vi torcedor jogando a bandeira do Brasil fora. Isso é um pecado mortal. O brasileiro é assim, oito ou oitenta", opinou, comentando a respeito do atual elenco masculino. "Não é porque eles estão NBA que eles são bons. Tem muito jogador ruim na NBA", completou.




Oscar também aproveitou a ocasião para expor sua crítica ao trabalho de gestão das Federações do país. Para ele, problemas administrativos, cometidos no passado, influenciaram nos rumos tomados pelo esporte no Brasil.

"O primeiro problema começou com a presidência da CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Quando o jogador vê que, enquanto está ali dando sangue, o presidente está no ar condicionado beijando grana, já gera insatisfação", apontou. "As Federações e Confederações não são do Governo, são entidades privadas. Levam algum dinheiro do Governo, mas nessa quantia a conta está certinha. No resto...", completou.

Em 1998, Oscar tentou seguir carreira política, candidatando-se a senador, com o objetivo de, um dia, assumir a presidência da República. Apesar da derrota nas urnas e do curto envolvimento com o âmbito político, o lendário jogador de basquete admitiu grande frustração pelo que encontrou. Para ele, os problemas de corrupção também se aplicam ao esporte.

"Por isso que eu parei (corrupção). Eu queria ser presidente da República, não queria ser senador. De senador para presidente é um pulo. Tive essa chance há 21 anos atrás, mas vi muita coisa errada. Me arrependo muito. Se pudesse voltar no tempo agora, não aceitaria", disparou.

 

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