Mordido com vice de 1981, Oscar alfineta Real: "Quero que afundem"
Por Olga Bagatini, especial para a GE.net
26/09/2015 às 14:40 • Atualizado: 26/09/2015 às 19:22
São Paulo, SP
"Lógico que quero (me vingar). Eu quero que eles afundem", exclamou o ex-ala de 2,05m, conhecido por empenhar esforços para valorizar e desenvolver a modalidade no Brasil.
Após três finais frustadas de Corinthians (1966), Sírio (1973) e Amazonas Franca (1975), o Sírio levou o Brasil ao topo do mundo pela primeira vez em 1979. Bósnia (Iugoslávia), Emerson Varese (Itália), Piratas de Quebradillas (Porto Rico) e Mokan All-Stars (EUA) se enfrentaram em um sistema de rodadas. Empurrados pelo Mão Santa, pelo ala Marcel e o pivô Marquinhos, os brasileiros igualaram a campanha do Bosna (três vitórias e uma derrota), mas foram superiores no saldo de pontos e se sagraram campeões. No confronto final com os iugoslavos, no ginásio do Ibirapuera, Oscar anotou 42 pontos no triunfo por 100 a 98.
Dois anos depois, os comandados de Cláudio Mortari voltaram ao Ibirapuera para tentar repetir o feito. Desta vez, a organização do Mundial dividiu dez clubes em dois grupos, e os três melhores de cada chave avançariam para os playoffs. Sírio e Real se classificaram com tranquilidade e bateram Francana (Brasil), St. Kilda (Austrália) e Ferro Carril (Argentina) para chegarem à decisão.
Diante de 16 mil torcedores, o Sírio não teve força para bater o Real Madrid. Os "galáticos" não tomaram conhecimento do rival, venceram 109 a 83 e se sagraram tetracampeões de maneira incontestável. Mão Santa parou na defesa adversária e marcou apenas 12 pontos.
Oscar Schmidt amargou o vice e segue amargurado até hoje. Apesar de não ter conseguido frear o embalo espanhol há 34 anos, o campeão pan-americano de 1987 aposta no título do representante brasileiro para se sentir recompensado de alguma forma. "O jogo ainda está aberto, mas espero que dê Bauru."