Atleta paralímpico, João Saci diz que o coronavírus é apenas mais um desafio em sua vida - Gazeta Esportiva
Atleta paralímpico, João Saci diz que o coronavírus é apenas mais um desafio em sua vida

Atleta paralímpico, João Saci diz que o coronavírus é apenas mais um desafio em sua vida

Gazeta Esportiva

Por Redação

23/04/2020 às 18:07

São Paulo, SP

Em meio a pandemia do coronavírus, muitas pessoas estão apresentando efeitos psicológicos negativos em virtude da quarentena, como estresse pós-traumático, confusão e raiva, e ansiedade, segundo um estudo publicado revista médica Lancet. Entretanto, para o atleta paralímpico João Saci esta situação de quarentena é apenas mais uma das inúmeras restrições que viveu em sua vida, já que passou por diversos tratamentos, internações e quimioterapia, quando foi vítima por 5 vezes de um câncer que levou mais da metade de um dos pulmões e o fez amputar uma das suas pernas.

“Todas as vezes em que estive internado, impossibilitado de sair do meu lugar, vivendo uma espécie de quarentena por causa do câncer, com a minha mobilidade reduzida pela amputação e minha capacidade respiratória comprometida pela perda de mais da metade do meu pulmão, em todas essas situações, em que muitas vezes mal podia me mexer. olhei para frente e busquei forças para superar”, disse.

(Foto: Divulgação)


Para superar as sucessivas situações de revés em sua vida, o atleta afirmou que o esporte sempre foi uma das suas principais ferramentas. "Me achava tão diferente das outras pessoas, mas quando eu estava dentro da piscina, nadando, via que era igual a qualquer um. E isso me deu forças para prosseguir. Hoje, graças ao esporte, me sinto capaz de encarar desafios ainda maiores, seja na minha vida pessoal ou ir escalar o Everest, por conta do preparo físico e mental que atividade me dá”, contou.

João Saci ainda aproveitou para comentar sobre a má preparação da sociedade para um o deficiente físico, e o maior exemplo que teve disso foi quando estava subindo uma escadaria de Florianópolis de muleta:

“Aquelas escadas me mostravam que o mundo não estava preparado para pessoas com deficiência, que as coisas eram projetadas para pessoas normais. No entanto, que mesmo assim, eu queria conhecer o mundo e eu deveria me preparar pra isso. Lógico que algumas deficiências limitam mais que outras, mas a atividade física e o mindset fazem toda a diferença. Se o mundo e a sociedade infelizmente ainda não são totalmente inclusivos, então vou fazer acontecer, do meu jeito, com garra, perseverança e fortalecendo o corpo e a mente”, finalizou

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