Um dos mercados que mais cresceu no mundo todo nos últimos anos é o das apostas esportivas. No Brasil, vimos a chegada de diferentes sites de apostas, que num momento inicial focaram seus esforços no principal esporte nacional - o futebol. Com o início da pandemia da covid-19 e o fechamento de estabelecimentos físicos, o público ficou 100% dependente de fontes de entretenimento online e muitos se voltaram para esses sites como uma forma de diversão e de ganhar dinheiro.
O aumento da demanda motivou a entrada de novas casas de apostas no país, o que levou a um aumento também no investimento feito pelas operadoras para conquistar e manter o público interessado. Um exemplo claro disso pode ser visto na série A do Brasileirão deste ano: dos 20 times que integram a lista, apenas o Palmeiras não fechou patrocínio com uma empresa do setor. Das 40 equipes nas duas principais divisões brasileiras, 34 recebem investimentos de sites de apostas.
No entanto, com um mercado cheio de competidores, as operadoras precisaram começar a diversificar as áreas de atuação, não apenas para manter sua base de usuários, mas seguir crescendo. Assim, novas estratégias comerciais e de marketing foram surgindo, com patrocínios até mesmo em podcasts - a Sportsbet.io Brasil, por exemplo, já realizou parcerias com o Flow, um dos mais famosos, e atualmente tem parceria ativa com o Poddelas, apresentado pelas influenciadoras Tata Estaniecki e Boo Unzueta.
Outras estratégias se referem a ampliação dos próprios campos das apostas. Se antes o foco era esportes - principalmente o futebol - agora esses sites passaram a oferecer análises e odds em outros setores: reality shows e eleições presidenciais.
De janeiro a abril, os fãs de apostas e programas de entretenimento puderam dar os seus palpites referentes ao Big Brother Brasil, que estava na sua 22a edição. Agora, o foco é outro: as eleições presidenciais no mês de outubro - e as odds já estão sendo divulgadas.
Isso significa que, enquanto os amantes de esportes em geral poderão seguir fazendo suas apostas referentes aos próximos grandes campeonatos e torneios (como as corridas da F1, o Grand Slam de Wimbledon, o próprio Brasileirão, entre outros), esse mesmo público e/ou pessoas interessadas em política poderão apostar em quem será o próximo presidente do Brasil.
Dessa forma, para ajudar o público desse novo segmento, o Odds Scanner, comparador de odds esportivas que chegou no Brasil em setembro do ano passado, lançou uma plataforma inédita no país para analisar e comparar as probabilidades de vitória dos candidatos à presidência em tempo real. A ferramenta, chamada Live Tracker, cruza dados atualizados de diferentes casas de apostas, notícias recentes e histórico dos candidatos, assim como pesquisas de intenção de voto.
Atualmente, analisando as informações coletadas, a ferramenta aponta o favoritismo de Lula da Silva, com 67% de chance de ganhar, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro, com 32%.
Outros nomes analisados são Ciro Gomes, Sergio Moro, João Doria, Eduardo Leite, Luciano Huck, Marina Silva e Alessandro Vieira, entre outros nomes, todos com chances abaixo de 3% no momento. É importante notar, entretanto, que alguns dos nomes incluídos pela plataforma podem não ter apresentado sua candidatura formal, mas entram na lista porque foram citados nas bases de dados das casas de apostas analisadas pelo sistema no contexto eleitoral.
Para Gonçalo Costa, CEO do Odds Scanner, o Live Tracker serve como uma ferramenta não apenas para os interessados em apostas, mas também de re-avaliação para os próprios candidatos. “As pesquisas de intenção de voto são essenciais nessa época para que os brasileiros tenham uma noção do cenário político atual, mas elas saem esporadicamente ao longo do ano e levam em conta apenas a opinião dos entrevistados. O Live Tracker vem para somar, trazendo dados que avaliam, entre outras coisas, notícias recentes sobre os candidatos, que podem impactar as decisões dos eleitores, e que são atualizados diariamente. Assim, temos um olhar em tempo real acerca do que está de fato acontecendo e quais são as probabilidades de cada candidato”, afirma.
