Walter Feldman depõe em CPI do Futebol, mas foge de questionamentos - Gazeta Esportiva
Walter Feldman depõe em CPI do Futebol, mas foge de questionamentos

Walter Feldman depõe em CPI do Futebol, mas foge de questionamentos

Gazeta Esportiva

Por Redação

01/06/2016 às 09:03

São Paulo, SP

O secretário-geral da CBF  esteve na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (Foto: Luciano Bernardo Júnior/Câmara dos Deputados)
O secretário-geral da CBF esteve na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (Foto: Luciano Bernardo Júnior/Câmara dos Deputados)


O secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol, Walter Feldman, prestou esclarecimentos na Câmara dos Deputados nesta terça-feira sobre os escândalos de corrupção em que o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, estaria envolvido. Apesar da presença de Feldman, os deputados federais presentes no local reclamaram da falta de foco do seu depoimento, onde priorizou muito mais a explicação das mudanças que estão sendo realizadas pela atual gestão da CBF do que a suspeita de participação de Del Nero em esquemas de corrupção.

O convidado da CPI do Futebol buscou detalhar o que é chamado de “Nova CBF”. Segundo Walter Feldman, há uma previsão de que em três anos o futebol brasileiro esteja alinhado com o que há de mais moderno ao redor do mundo, com um modelo de gestão extremamente profissional e com uma estrutura completa para todos que trabalham com o esporte no país.

“Nós estamos encerrando um período de proeminência dos espertos, daqueles que utilizaram a sua inteligência para produzir o desvio do resultado que deve ser conquistado em campo. Imagino que nós estamos nos aproximando de um sistema cada vez mais blindado”, comentou o secretário-geral da CBF.

Marco Polo Del Nero é a bola da vez da CPI do Futebol. Investigado pelo FBI – a polícia federal dos EUA – e pela Fifa, na Suíça, o dirigente não acompanha a Seleção Brasileira em diversos compromissos fora do país por temer sua prisão. O atual mandatário da CBF é suspeito de participar de um esquema de corrupção milionário envolvendo dirigentes de diversas confederações, além de pessoas do mais alto escalão da Fifa. O ex-presidente da CBF, José Maria Marín, é um dos dirigentes detidos pela investigação e cumpre prisão domiciliar em Nova York após pagar fiança para que pudesse exercer tal direito.

Apesar de todas as denúncias envolvendo o nome de Marco Polo Del Nero, Walter Feldman procurou ressaltar em seu depoimento que não há provas concretas contra o presidente. O secretário-geral da CBF também procurou destacar que contratos de mídia e marketing, que teriam sido firmados através do pagamento de propina a dirigentes, estão sendo analisados pelos departamentos jurídico e de marketing da entidade que regula o futebol brasileiro.

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