Vinícius Tanque analisa trajetória no Botafogo: "Faltou mais tranquilidade" - Gazeta Esportiva
Vinícius Tanque analisa trajetória no Botafogo: "Faltou mais tranquilidade"

Vinícius Tanque analisa trajetória no Botafogo: "Faltou mais tranquilidade"

Gazeta Esportiva

Por Victor Boni*

01/05/2020 às 08:00

São Paulo, SP

Revelado nas categorias de base do Botafogo em 2015, o atacante Vinícius Tanque não teve uma sequência com a camisa do Glorioso. Entre empréstimos e pequenos períodos sendo utilizado, o jogador de 25 anos, atualmente emprestado ao Cartagena, da Espanha, não conseguiu se firmar no clube alvinegro, com o qual tem contrato até o final deste ano. Em entrevista à Gazeta Esportiva, ele afirmou que "faltou tranquilidade" para ter mais sucesso na equipe carioca.

"Eu acho que faltou, para mim mesmo, mais tranquilidade nas oportunidades. Talvez um pouco de ansiedade tenha me atrapalhado nos jogos, por querer mostrar, decidir logo as coisas na minha vida. Então, acho que isso pesou um pouco. Por ser novo e querer mostrar, em muitas partidas fui afoito, afobado e tomei algumas decisões erradas", declarou. 

Vinícius chegou a jogar a estreia do Botafogo no Carioca de 2020, mas logo foi negociado (Foto: Vitor Silva/BFR)


Em 2016, Vinícius foi emprestado ao Volta Redonda. Contudo, o atacante fez apenas um jogo pela equipe e retornou ao Botafogo pouco tempo depois. Segundo ele, havia a opção de permanecer no Voltaço, mas ele preferiu voltar ao Glorioso.

"No Volta Redonda, aconteceu a situação de documentação, que levou um tempo para poder ser regularizado e poder jogar. Nisso você acaba perdendo um pouco de tempo e, como já tinha a equipe formada, ficou difícil entrar no time naquele momento. Como era um contrato de apenas três meses, ficou complicado. Eles queriam que eu continuasse no restante da temporada, mas eu optei por voltar", contou. 

Já em 2018, foi a vez de ir para o Atlético-GO. Seis jogos depois, com nenhum gol marcado, novamente ele voltou ao clube alvinegro. Vinícius Tanque explicou que não tinha o desejo de defender o Dragão desde o princípio, mas acabou indo por pressão de seu antigo empresário.

"No Atlético, foi uma situação um pouco diferente. Em 2017, fiz uma cirurgia no joelho perto do final do ano e entramos em férias. No momento, eu não queria ir para o Atlético. Foi mais por uma pressão do meu antigo empresário para ir para lá. Eu tinha outras propostas de outros clubes e, particularmente, não estava sentindo confiança em ir para lá. Chegando lá, eu não estava bem fisicamente, por causa da cirurgia, e estava sentindo uma diferença enorme de uma perna para outra. E também por querer mostrar, atrapalhou um pouco. Eu deveria ter dado um passo atrás, equilibrado a diferença entre as pernas, para, assim, voltar a jogar", revelou. 




Após a passagem pelo time goianiense, o atacante foi ao Mafra, da segunda divisão de Portugal, onde marcou três gols em 21 jogos. Nesta temporada, o jogador foi titular na estreia do Botafogo no Campeonato Carioca, mas foi negociado com o Cartagena logo em seguida, com contrato até o meio do ano. Na terceira divisão espanhola, marcou duas vezes em suas quatro primeiras partidas.

Porém, com as competições paralisadas devido à pandemia do novo coronavírus, Vinícius não tem certeza de como será seu futuro e aguarda para saber seus próximos passos na carreira.

"Eu não sei o que vai acontecer. Como o campeonato parou, fica um pouco imprevisível o que vai acontecer, se vou renovar aqui, se vou voltar para o Botafogo. Então, é esperar para a definição entre os clubes. Tenho que estar preparado para qualquer hipótese. Se voltar, tenho que estar preparado para jogar. E se ficar, quero poder ajudar a equipe de qualquer forma", completou.


*especial para a Gazeta Esportiva

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