Nesta quinta-feira, o pentacampeão do mundo, Ronaldo, falou que poderia se candidatar à presidência da CBF no futuro e fez duras críticas ao sistema político que rege a Confederação atualmente. O Fenômeno ainda falou que acredita que mais “sujeira ainda vai aparecer”.
“Tenho interesse sim (em ser presidente da CBF). Poderia até pensar em me candidatar, mas a questão não são os nome. A gente tem que desmontar esse sistema corrupto existente. O modo atual não permite a entrada de qualquer pessoa, é sempre a indicação de alguém do próprio sistema da CBF. Precisa desmontar isso para permitir que pessoas de bem e honestas, que queriam fazer coisas incríveis, possam participar. Mas as coisas ainda não assim, então vamos aguardar”, disse Ronaldo em entrevista ao programa Arena Sportv.
Atualmente, é preciso ter o apoio de pelo menos oito federações estaduais e cinco clubes da Série A para poder se candidatar à presidência da CBF. Durante a entrevista, Ronaldo falou sobre sua participação como dirigente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, evento que está entre os investigados pelo FBI. O Fenômeno fez questão de distanciar seu papel como jogador da Seleção e colaborador da Confederação.
"Veja bem, meu nome é ligado ao futebol, diretamente. Eu servi a CBF como jogador por muitos anos, mas não por causa da CBF. A seleção é meu país, é orgulho de servir meu país. Inclusive financeiramente, não é algo rentável, a gente acaba se machucando, perde período no time, mas nunca vou me arrepender. Com relação a Copa do Mundo, minha associação foi diretamente pensando no meu país. Prova disso que eu abri mão de remuneração durante o tempo que estive no COL. Outros que tiveram 5% do empenho que eu tive, tiveram integralmente seus benefícios embolsados", alfinetou.
Sobre o desempenho da Amarelinha dentro de campo, Ronaldo disse acreditar que a má administração e as investigações policias à que a CBF está envolvida, influenciam no rendimento do time. “Inevitavelmente (influencia). Toda essa administração suja e corrupta reflete dentro de campo. Haja visto a atuação da Seleção Brasileira nos dois últimos torneios oficiais: a Copa do Mundo e a Copa América onde tivemos atuações em abaixo do nível esperado”, finalizou.
