Roger se inspira na Academia e quer aliar modernidade ao jogo bonito - Gazeta Esportiva
Roger se inspira na Academia e quer aliar modernidade ao jogo bonito

Roger se inspira na Academia e quer aliar modernidade ao jogo bonito

Gazeta Esportiva

Por Bruno Calió

30/11/2017 às 10:00

São Paulo, SP

Um time com uma “defesa que ninguém passa”, “linha atacante de raça”, que alie modernidade e o futebol bonito apresentado nos tempos da Academia de Futebol de Ademir da Guia. Parece muita pretensão, mas este é o plano do técnico Roger Machado para o Palmeiras em 2018.

"No hino do Palmeiras, tem um lema de uma equipe equilibrada, uma defesa que ninguém passa, e uma linha atacante de raça. Para mim, isso já diz muito do que um time deseja ser dentro de campo. Como treinador, você sempre busca o resultado. Mas tão importante quanto isso é como você consegue. Competitividade sem perder a beleza. Tem que se preocupar com a estética também, o torcedor merece isso. A crítica ao meu estilo de jogo é sobre tentar fazer futebol moderno. Discordo, porque o que desejo é voltar para trás. Se pegar o time da Academia do Palmeiras, Ademir da Guia, os grandes craques do passado, tínhamos time competitivo também”, afirmou o comandante, antes de prosseguir explicando o modelo de jogo.




"O Palmeiras é chamado de Academia de Futebol porque sempre teve futebol bonito e competitivo. A forma como gosto de ver meu time atuar remete bastante a isso. No futebol brasileiro, hoje, talvez sejamos o futebol que mais alce bolas na área. Tem explicação cultural. Tínhamos atacantes, até não muito altos, mas de presença de área. Volante marcador, mas de bom passe, e segundo homem de meio-campo que articulasse para o camisa 10 entrar na área. Zagueiros que não só tinham virtude física, mas técnica também. Isso demanda treino, entendimento dos atletas, mas vontade de fazer nosso jogo, raiz do nosso jogo, que sempre foi de técnica e habilidade", completou.

Assim como Alberto Valentim, e ao contrário de Cuca, as equipes de Roger Machado sempre buscam o controle do jogo a partir da posse de bola. Na última segunda-feira, inclusive, o interino fez uma análise sobre o próprio trabalho nesse sentido. Assim, Roger entende que seu trabalho poderá ser uma sequência ao do atual comandante.

“Você dificilmente pega trabalho do zero, tem legado de outro treinador. Peguei o Grêmio do Felipão a experiência com alguns meninos, experiência e suporte para colocar outros meninos também. Não me incomoda. Jogar bonito e ser competitivo sempre foi a origem do nosso futebol. Em alguns momentos, perdemos contato com isso. O que pretendo é resgatar tudo isso”, finalizou.

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