Desde a eclosão do escândalo da Fifa, no final de maio deste ano, o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, não compareceu às reuniões da entidade. Segundo reportagem do Estadão, membros do alto escalão do órgão aceitarão apenas duas ausências do brasileiro nas atividades do Comitê Executivo e, caso ele falte mais uma vez, poderá ser substituído.
O salário anual de Del Nero como integrante do diretório do futebol mundial equivale a R$ 1,2 milhão, quantia que está ameaçada. Nos compromissos desta semana em Zurique, na Suíça, o cartola novamente não marcou presença, embora seja presidente do Comitê de Futebol Olímpico e vice-presidente do comitê que organiza a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
A Conmebol, que tem três representantes na Fifa, é a única que poderia pedir a saída de Del Nero e, enquanto isso não ocorre, ele continua tendo direito a todos os benefícios de um membro do Comitê Executivo. Porém, o presidente da entidade sul-americana, Angel Napout, nega que exista a possibilidade de substituição.
Apesar disso, dirigentes ligados aos assuntos de ética da Fifa sinalizaram que a última chance de Del Nero foi nesta semana. Caso ele não compareça na reunião de dezembro, que será realizada no Japão, poderá ser cortado. Para isso, um processo aberto no Comitê de Ética da Fifa ou uma negociação com a Conmebol para a escolha de um substituto seriam as soluções.
