Para Hulk, racismo não existe mais na Rússia - Gazeta Esportiva
Para Hulk, racismo não existe mais na Rússia

Para Hulk, racismo não existe mais na Rússia

Gazeta Esportiva

Por Redação

05/07/2017 às 13:11

São Paulo, SP

Hulk deixou o Zenit na metade de 2016 para jogar na China (foto: AFP/ Johannes Eisele)


Há dois anos, o brasileiro Hulk denunciava que estava sofrendo frequentes casos de racismo no Rússia, onde atuava pelo Zenit. Na época, relatou que, a cada partida, ouvia imitações de macaco vindas da torcida adversária. Neste ano, voltou ao país para acompanhar a Copa das Confederações e disse, em entrevista à CNN, que o problema do racismo acabou na Rússia: "Tenho certeza que não acontece mais. Não aconteceu em nenhum momento na Copa das Confederações e tenho certeza que no Mundial também não vai acontecer".

Os casos de racismo aconteceram principalmente no seu primeiro ano no país. Mas, com o tempo, o ambiente foi melhorando. "Fui me adaptando ao futebol russo. O pessoal russo foi me abraçando mais, e um ano antes de eu sair do Zenit, já não existia mais isso", afirmou.

Quando perguntado se ele atribui as ocorrências à ignorância e falta de educação ou à maldade, Hulk disse que não acredita tanto em maldade, mas sim em algo cultural. Achava que eram mais provocações por parte das torcidas adversárias para tentar distraí-lo. "Quando acontece uma vez, duas vezes, você pensa, 'ah querem desconcentrar'. Mas a partir da terceira, quarta vez, começa a ser um pouco de maldade", declarou. Porém, segundo o jogador, com o crescimento do futebol local, o respeito aos jogadores acabou aumentando.

Sobre perdoar aqueles que o insultaram, Hulk disse que não guarda rancor: "Eu prestava muita atenção nisso e me desconcentrava do jogo. Ficava muito triste, principalmente por dentro. Com o passar do tempo, depois que aconteceu diversas vezes, eu comecei a relaxar. Tanto que quando a torcida começava com ato de racismo, imitar o som do macaco, eu mandava beijos para a torcida".

Hulk, que hoje joga no Shangai SIPG da China, afirmou ainda que o futebol na Rússia vem crescendo bastante e acredita que a Copa do Mundo de 2018 vai ficar na história.

 

 

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