No Galo, Roger enfrentou críticas por perder essência do clube - Gazeta Esportiva
No Galo, Roger enfrentou críticas por perder essência do clube

No Galo, Roger enfrentou críticas por perder essência do clube

Gazeta Esportiva

Por Do correspondente Marcellus Madureira

23/11/2017 às 08:00 • Atualizado: 23/11/2017 às 11:28

Belo Horizonte, MG

Novo técnico do Palmeiras enfrentou críticas quando esteve no Galo (foto: Bruno Cantini/Atlético)


Roger Machado foi anunciado pelo Palmeiras, nessa quarta-feira, como treinador para a temporada 2018. Será uma boa oportunidade para o estudioso técnico não repetir pequenos erros que teve à frente do Atlético-MG, em 2017.

Em sua passagem por Belo Horizonte, o novo comandante do Verdão não conseguiu dar intensidade a sua equipe e perdeu jogadas por causa disso, além de faltar outros detalhes em campo. Outro problema diagnosticado foi não primar pela essência alvinegra, com futebol para a frente, sempre buscando o gol. Machado, entretanto, teve seus motivos.

Ele foi anunciado como técnico do Atlético-MG ainda em 2016. O nome dele surgiu logo após a fracassada final na Copa do Brasil. A expectativa da diretoria era ter um nome de um jovem treinador, com capacidade para organizar a equipe e dar um bom padrão de jogo ao time.

Antes, a saída de Marcelo Oliveira foi conturbada: o técnico caiu entre o primeiro e segundo jogo da final da Copa do Brasil, contra o Grêmio, e carregou com ele para fora da Cidade do Galo as críticas de ter um time completamente desorganizado em campo.

A chegada de Roger Machado tinha o sentido de organizar a equipe. Os primeiros trabalhos impressionaram. O técnico chegou com atividades técnicas, com intensidade e velocidade, algo que não era visto na Cidade do Galo com Marcelo, Levir Culpi ou Diego Aguirre.

Em campo, o trabalho surtiu efeito. O Atlético-MG era um time muito organizado. Trocava passes, esperava a melhor jogada, tinha paciência, girava a bola, mas ainda faltava a cereja do bolo.

Faltava ao Galo intensidade. Parte disso por não ter boas peças para conseguir o objetivo, outra metade por ter um grupo com idade média avançada. O Atlético-MG se transformou em um time com pouca profundidade, previsível e facilmente marcável.

Além disso, Roger pecou em outro ponto principal: não conseguiu resgatar a essência do torcedor atleticano. Os alvinegros, que sempre gostaram de ver a equipe jogando para frente, passaram a ver o time mineiro com três volantes, variando entre o 4-1-4-1 ou o próprio 4-2-3-1.

Apesar de o trabalho ter sido considerado ruim, Machado conquistou o Campeonato Mineiro sobre o atual campeão da Copa do Brasil, o rival Cruzeiro. Ele também classificou o Atlético para a segunda fase da Copa Libertadores, sendo o time com melhor rendimento na primeira parte do torneio e também na Copa do Brasil.

Há quem diga em Belo Horizonte que ele classificaria o Galo na sequência dessas competições, algo que ninguém poderá saber.

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