Mineirão faz 50 anos se adaptando a padrões sem perder tradição - Gazeta Esportiva
Mineirão faz 50 anos se adaptando a padrões sem perder tradição

Mineirão faz 50 anos se adaptando a padrões sem perder tradição

Gazeta Esportiva

Por Theo Chacon, especial para a GE.net

04/09/2015 às 21:00

São Paulo, SP

Revitalizado, Mineirão completa 50 anos com desafio de inovar para evitar ostracismo (Foto: Washington Alves/Gazeta Press)
Revitalizado, Mineirão chega aos 50 anos com desafio de inovar para evitar 'ostracismo' (Foto: Washington Alves/Gazeta Press)


Maior estádio de Minas Gerais, o Mineirão chega ao quinquagésimo aniversário neste sábado, 5 de setembro, resguardando, às beiras do Lago da Pampulha, histórias, ídolos e títulos lembrados tanto pelos cidadãos mineiros como pelo povo brasileiro. Inaugurado um ano após a implantação do regime militar, o ‘Gigante’ sofreu um corte na capacidade e foi reestruturado para aderir ao proclamado ‘padrão Fifa’ e servir de sede à Copa do Mundo.

Adaptando-se ao estilo das modernas arenas, inspiradas na arquitetura europeia, e aos modelos de administração sugeridas pelas novas formas do empresariado no futebol, assim como às determinações e tendências recentes - comercialização de cerveja nos estádios do Estado -, o Mineirão, terceiro maior estádio do mundo à época de sua inauguração, mantém-se atual sem perder os requintes da tradição.

A história do estádio, contada por títulos marcantes como os do Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores e Copa do Brasil, e craques memoráveis, como Reinaldo, Dirceu Lopes, Tostão, Dadá Maravilha, Ronaldo, Alex, entre outros, encontra um percalço em 8 de julho de 2014. Tal qual o Maracanã, estádio que serviu de ‘modelo’ para sua construção, o Mineirão ficou marcado por ser palco da segunda eliminação do Brasil em Copas dentro de casa. Desta vez, uma queda mais dolorosa com relação a 1950: 7 a 1 para a Alemanha.

A história: Construção financiada e festa na inauguração


Capa do jornal A Gazeta Esportiva estampou inauguração do Mineirão (Foto: Acervo/Gazeta Press)
Capa do jornal A Gazeta Esportiva estampou inauguração do Mineirão (Foto: Acervo/Gazeta Press)


A primeira ideia de construção do Mineirão, que ostentou durante muito tempo o título de segundo maior estádio do País – atrás apenas do Maracanã -, nasceu já no fim da década de 1940, quando o Estado mineiro se aventurava na construção do Independência para servir como sede na Copa do Mundo de 1950, tal qual o grande estádio da capital carioca, projetado à época para 280 mil pessoas.

Neste tempo, além de Cruzeiro e Atlético-MG, o América Mineiro, que até os dias atuais tem o Independência como ‘casa’, era uma grande potência estadual. A presença de apenas um estádio na região metropolitana do Horto, com o passar dos anos, foi se tornando uma dificuldade a ser superada. Em meados dos anos 1950, uma primeira intenção em construir um estádio municipal chegou até a contar com apoio de Juscelino Kubitschek, então presidente da República.

O projeto só viria a ser formalizado oficialmente no papel em 1959 com o nome de Estádio Minas Gerais. Referendada pelo então governador Bias Fortes, a construção passou a ser administrada por uma autarquia denominada Ademg – Administração de Estádio de Minas Gerais –, que aproveitou o potencial econômico pujante da capital mineira, com pouco mais de 600 mil habitantes na virada dos anos 1960, para esboçar um estádio com capacidade para 130 mil espectadores.

No evento inaugural, o então ‘interventor’ do Estado, cujos interesses estavam alinhados com os dos militares, discursou pelo engrandecimento da pátria proporcionado pela ação. “É mesmo um espetáculo magnífico que compensa os esforços despendidos. O Brasil sente a luta e o esforço do povo mineiro”, declarou Magalhães Pinto, à época. O presidente do Cruzeiro, Felício Brandi, também evidenciou seu orgulho. "Não há palavras para exprimir toda a alegria pela conclusão do estádio Minas Gerais. Ele é o sonho e a esperança de todo esportista mineiro. O estádio merece todo esforço dos clubes para que receba espetáculos dignos de sua pujança", declarou.




Durante a montagem da equipe de trabalho para a execução da obra, que contou com mais de três mil funcionários trabalhando de forma ininterrupta para o cumprimento do prazo e um financiamento de 100 milhões de cruzeiros, o complexo esportivo às margens da Pampulha – que além do Mineirão contava também com ginásio, apelidado, por associação, de ‘Mineirinho’ – passou a ser denominado de Governador Magalhães Pinto, em homenagem ao sucessor de Bias Fortes.

As festividades, que ultrapassaram o fim de semana de inauguração, compreenderam a disputa de quatro jogos. Depois de tentarem apenas seleções nacionais, como as do Paraguai e do Chile, os administradores do estádio agendaram, para a tarde do dia 5, um amistoso entre a seleção mineira (formada em maior parte por jogadores de Galo e Cruzeiro) e o River Plate, que à época contava com oito jogadores da seleção argentina, que serviu como o primeiro teste do Mineirão.

No feriado nacional de 7 de setembro, data em que se comemora a Independência do País, ‘o Palmeiras foi Brasil contra o Uruguai’, segundo manchete da Gazeta Esportiva. O clube alviverde, que já tinha inaugurado o Municipal de Piracicaba três dias antes, foi a Minas Gerais e venceu a Celeste olímpica por 3 a 0. Os outros dois jogos envolveram o combinado mineiro, que encarou o Botafogo de Garrincha e o Santos de Pelé. Segundo o colunista do jornal, Thomaz Mazzoni, “o grande trio do futebol brasileiro” estava ali reunido.

"Não há palavra para exprimir toda a alegria pela conclusão do estádio Minas Gerais. Ele é o sonho e a esperança de todo esportista mineiro", disse Felício Brandi, presidente do Cruzeiro à época

Entre outras atrações prévias que fizeram parte do evento, como uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça e até uma exibição de cães adestrados pela Polícia Militar, o capitão da conquista mundial em 1958, Bellini, esteve presente para acender uma espécie de pira olímpica na ‘cerimônia de abertura’. Na semana seguinte à inauguração, o estádio Minas Gerais recebeu o Troféu Brasil de Atletismo. O Atlético-MG realizou seu primeiro jogo no dia 12 ao encarar a Siderúrgica, ao passo que o Cruzeiro debutou em campo três dias depois diante do Villa Nova.

Em 1984, 19 anos após sua abertura, o Mineirão teve sua fachada tombada pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico de Minas Gerais, junto com o restante do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer e composto, além do complexo esportivo, pela Igreja São Francisco de Assis, pelo atual Museu de Arte, pela Casa do Baile e pela sede do Iate Tênis Clube. O tombamento das edificações, no entanto, não impediu que, depois de 45 anos e diversos ajustes, o principal estádio do Estado fosse inteiramente remodelado.

Fechado em junho de 2010 com direito a um show da banda mineira Skank, o Mineirão ficou quase três anos fechado para reforma, executada mediante uma parceria público-privada entre o Governo do Estado e a empresa Minas Arena, concessionária do estádio pelos próximos 27 anos. Com investimento orçado em R$ 695 bi, contando com o empréstimo do BNDES de R$ 400 mi, foi transformado para sediar seis jogos ao todo, quatro na fase de grupos.

Com cerca de 50% da capacidade original, Mineirão foi reinaugurado após 2 anos e dez meses (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Com cerca de 50% da capacidade original, Mineirão foi reaberto após 2 anos e dez meses (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Da estrutura com 130 mil lugares, após a repaginação mais recente, o Mineirão ficou com capacidade para 64 mil pessoas, com direito a uma esplanada de 80 mil m² para eventos multiuso e uma nova arquibancada inferior com 17.600 assentos localizados próximos ao campo. O estádio conta também com uma cobertura que possibilita a captação de energia solar, além da infraestrutura de lanchonetes e banheiros.

Os 7 a 1: um capítulo a parte

Dos seis jogos que o Mineirão sediou na Copa do Mundo do último ano, nenhum ficou mais marcado do que a semifinal entre Brasil e Alemanha. A expectativa de ver a Seleção conquistar o hexa em casa, aumentada pela ilusão criada após a conquista do penta – de que o Brasil seguia hegemônico no cenário mundial – ruiu em 18 minutos, tempo suficiente para a organizada seleção alemã abrir 3 a 0 e adiar por quatro anos o título brasileiro.

O susto aumentou após o intervalo, quando mesmo diminuindo o ritmo, os alemães marcaram mais um gol, finalizando a conta em seis e aplicando uma goleada histórica para garantir vaga na final. Nem o gol de Oscar, já na reta final do jogo, foi capaz de trazer um suspiro honroso à vexatória derrota para os alemães, a maior do Brasil na história das Copas. A derrocada do futebol brasileiro, atestada com a eliminação, serviu de motivação para buscar mudanças, iniciadas a partir da alteração do quadro técnico da Seleção.

Semifinal no Mineirão traduziu maior goleada sofrida pelo Brasil em Copas (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Semifinal no Mineirão traduziu maior goleada sofrida pelo Brasil em Copas (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Jogos marcantes do Mineirão


Taça Brasil de 1966: Cruzeiro massacrou campeão mundial Santos

A definição do campeão da Taça Brasil – antigo nome dado ao Campeonato Brasileiro – de 1966, aconteceu em dois jogos extraordinários. No primeiro – e mais marcante – realizado no Mineirão, o Cruzeiro, que contava com Tostão e Dirceu Lopes, goleou o Santos, que tinha o ataque formado por Pelé, Coutinho e Zito, pelo placar de 6 a 2.

O esquadrão celeste abriu 5 a 0 nos primeiros 45 minutos, deixando os cerca de cem mil presentes atônitos, em uma espécie de limbo entre sonho e realidade. Além da goleada que encaminhou o título nacional, confirmado após um 3 a 2 em São Paulo, a final contra o Santos elevou o Cruzeiro a um patamar de destaque no cenário futebolístico nacional.

Campeonato Brasileiro de 1971: Gol de falta encaminhou título nacional do Galo

Comandado por Telê, Galo foi campeão Brasileiro no ano que Reinaldo chegou ao clube (Foto: Divulgação/Atlético-MG)
Comandado por Telê, Galo foi campeão no ano que Reinaldo chegou ao clube (Foto: Divulgação/Atlético-MG)


Conhecido como sendo a primeira edição do torneio em novos formatos, mesclando uma fase de grupos com um mata mata, o Brasileiro de 1971 foi o primeiro título em escala nacional do Atlético-MG após a conquista do Torneio Campeão dos Campeões, de 1937. Selado com vitória sobre o Botafogo no Maracanã, o título do Galo ficou perto realmente após o triunfo de 1 a 0 sobre o São Paulo, no Mineirão, em 12 de dezembro de 1971.

Após campanha de 12 vitórias, dez empates e cinco derrotas, o Atlético-MG encaminhou a conquista da taça com gol do ex-lateral Odair, que cobrou falta frontal com perfeição para dar vantagem aos mineiros.


Copa Libertadores de 1997: ‘Pé-quente’ Elivélton marcou e garantiu a taça

Vinte e um anos após o título da primeira Libertadores, em 1976, conquistada após três confrontos contra o River Plate – clube que fez parte da inauguração do Mineirão -, o Cruzeiro voltou a levantar a taça do maior torneio sul-americano graças ao zagueiro Elivélton, que comprovou sua fama de pé-quente ao decidir mais um título em um intervalo de dois anos.

O jogador, personagem em uma reportagem recente da Gazeta Esportiva.net, tinha feito o gol do título paulista do Corinthians, em 1995 e, dois anos depois, ao se transferir para o Cruzeiro, foi autor do tento que garantiu a vitória sobre o peruano Sporting Cristal e o bicampeonato da Copa Libertadores.

Campeonato Brasileiro de 2003: Mineirão foi palco de tríplice da Raposa

No ano que marcou o início da era dos pontos corridos no Brasileirão, estrutura de disputa que perdura até os dias atuais, o Cruzeiro viveu momentos especiais no estádio do Mineirão, palco das conquistas do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e, de certa forma, do Brasileiro. Após levar o estadual, o time dirigido por Vanderlei Luxemburgo conquistou a Copa do Brasil após vencer o Flamengo por 3 a 1 no Mineirão, em 11 de junho de 2013.

O título brasileiro, que foi selado após goleada de 7 a 0 fora de casa contra o Bahia, na última rodada, já estava garantido desde os 5 a 2 aplicados sobre o Fluminense em dezembro, em jogo de festa no Mineirão que contou com um golaço de cobertura do meia Alex.

Sob comando de Luxa, elenco do Cruzeiro conquistou tríplice coroa em 2003 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Sob comando de Luxa, elenco do Cruzeiro conquistou tríplice coroa em 2003 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Copa Libertadores 2013: Com ‘mantra’, Galo invadiu Mineirão e foi campeão

Dirigido por Cuca e tendo em Ronaldinho Gaúcho, eleito o melhor jogador do mundo em 2005, a ‘mente pensante’ do time, o Atlético-MG passou por maus bocados para chegar à final da Libertadores. Apesar de o estádio Independência se configurar como uma ‘panela de pressão’ nos jogos dentro de casa, após superar o Newell’s Old Boys na semifinal, o Galo preferiu o Mineirão para enfrentar o Olímpia.

Movidos pela máxima do 'Eu acredito!', mantra que tomou conta da torcida e embalou os jogadores, o elenco do Atlético fez 2 a 0, com gols de Jô e Leonardo Silva, e reverteu a desvantagem amargada no Paraguai, levando a decisão do título para a disputa de pênaltis. Contando com erro adversário, o Atlético-MG fechou o confronto em 4 a 3 nas penalidades e garantiu passaporte para o Mundial de Clubes, que pela primeira vez foi realizado no Marrocos.

Copa do Mundo de 2014: Seis jogos, um inesquecível

Reformado exclusivamente para servir como uma das doze sedes da Copa do Mundo, que após 64 voltou ao Brasil, o Mineirão foi palco de seis jogos durante o Mundial, quatro pela fase de grupos. Após abrigar colombianos, belgas, ingleses e argentinos, o maior estádio de Minas juntou alemães e brasileiros em 8 de julho de 2014 para a partida semifinal do torneio.

A empolgação do povo brasileiro, que vislumbrava a conquista do hexa em terra tupiniquim, ruiu ainda no primeiro tempo, quando os alemães, bem organizados, aproveitaram as falhas da Seleção, desfalcada de Neymar, para abrir 5 a 0 antes do intervalo. A eliminação vexatória, maior derrota do Brasil na história das Copas, marcou o estádio do Mineirão assim como os títulos ali conquistados.

Derrota por 7 a 1 na Copa ficou marcada no imaginário dos brasileiros (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Derrota por 7 a 1 na Copa ficou marcada no imaginário dos brasileiros (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Curiosidades do 'Maior de Minas'


Década celeste e arrancada alvinegra

Em um ínterim de dez anos a partir da inauguração do estádio, em 1965, o Cruzeiro provou sua hegemonia no Estado ao conquistar nove títulos estaduais. Graças ao esquadrão formado por Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, entre outros, a equipe celeste emendou uma série de conquistas que compreenderam os mineiros de 1965, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 74  e 75.

Passada uma década de domínio rival, o Atlético-MG reapareceu no quadro de títulos conquistados no Mineirão em 1978, dois anos após a primeira Libertadores do Cruzeiro. De 1978 de 1983, o Galo emendou uma sequência de seis títulos contando com um time que tinha Reinaldo, Paulo Isidoro e Cerezo. O domínio celeste, enfim, estava questionado.

Com média de 0,53 gols por jogo, 'Rei' Reinaldo é o artilheiro do estádio

Descrito no site oficial do Atlético-MG como "maior ídolo da história do clube" e "um dos jogadores que mais se aproximaram da genialidade de Pelé", o ex-atacante Reinaldo segue ostentando, 20 anos após sua aposentadoria, a marca de maior artilheiro da história do Mineirão. Foram 152 no estádio; 255 em 475 jogos pelo Galo, números que fazem dele, também, o maior artilheiro da história do clube.

Criado na base do Atlético-MG, Reinaldo quase foi ao Botafogo quando jovem, mas se firmou profissionalmente atuando por 14 anos no Galo. Após deixar o alvinegro, o atacante ainda tentou seguir em Minas atuando pelo Cruzeiro, mas não repetiu o mesmo sucesso. Heptacampeão mineiro no clube, Reinaldo usufrui até hoje da melhor média de gols em Campeonatos Brasileiros: 1,56 gols por jogo, extraída das 28 bolas na rede em 18 jogos.

'Canhão' munido

Com 348 jogos, o ex-jogador Nelinho é o atleta que mais atuou nos gramados do Mineirão. Contratado pelo Cruzeiro em 1973, levantou o caneco da Libertadores de 76 e participou de quatro conquistas do Campeonato Mineiro. Em 82, acabou negociado com o Atlético-MG em uma transferência quase incomum entre clubes rivais.

"Era muito difícil um time como o Cruzeiro me vender para o Atlético-MG como me vendeu", contou o ex-lateral à Gazeta Esportiva na época. Pelo Galo, foi campeão mineiro em outras quatro oportunidades no início da década de 80. Conhecido como "canhão" pela potencia no chute, Nelinho foi o primeiro jogador da história a mandar uma bola para fora do Mineirão. Atualmente é dono de uma academia em Belo Horizonte.

O Mineirão e a Seleção Brasileira

Foram 24 partidas da Seleção no Mineirão, sendo 15 amistosos, seis jogos válidos pela Copa América, um pela Copa das Confederações e dois pela Copa do Mundo. Destes, o Brasil ganhou 16, empatou quatro e perdeu três vezes: contra Atlético-MG, em amistoso em 69, contra o Peru, pela Copa América de 1975, e contra a Alemanha, pela Copa do Mundo de 2014.

Retrospecto da Seleção é positivo no Mineirão; em 2006, Ronaldo brilhou contra Argentina (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Retrospecto é positivo no Mineirão; em 2004, Ronaldo brilhou contra Argentina (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

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