Hope Solo diz que Blatter cometeu assédio sexual: "Me apalpou" - Gazeta Esportiva
Hope Solo diz que Blatter cometeu assédio sexual: "Me apalpou"

Hope Solo diz que Blatter cometeu assédio sexual: "Me apalpou"

Gazeta Esportiva

Por Redação

10/11/2017 às 20:04

São Paulo, SP

Goleira americana revelou episódio ocorrido em 2013 (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


A ex-goleira da seleção dos Estados Unidos de futebol, Hope Solo, fez uma denúncia a respeito do ex-presidente da Fifa, Josep Blatter, nesta sexta-feira. Em entrevista ao diário Expresso, de Portugal, ela comentou ter sido apalpada nas nádegas pelo antigo dirigente sem o seu consentimento durante a entrega do prêmio Bola de Ouro da Fifa, em 2013.

Pela descrição da atleta, o ocorrido caracterizaria assédio sexual na legislação brasileira desde o ano de 2009. No caso da Suíça, país em que isso aconteceu, a denominação é "coerção sexual", com pena que pode chegar a até 10 anos de prisão.

"Eu fui apalpada na bunda pelo Sepp Blatter. Conhece?", disse Solo, enquanto respondia a respeito dos diversos casos de abuso sexual relacionados ao meio artístico recentemente, como aqueles envolvendo o ator Kevin Spacey, que motivaram o afastamento dele da série House of Cards, da Netflix

"Ele apalpou-me a bunda", continuou ela, fazendo questão de checar com sua assessora se poderia tratar do tema. "Posso falar sobre isto? Foi na entrega da Bola de Ouro há uns anos, mesmo antes de subir ao palco. É algo que se vulgarizou", avaliou.

Procurado pela reportagem do jornal The Guardian,  da Inglaterra, Blatter classificou a fala de Solo como "alegações ridículas". De acordo com a americana, o assédio se deu no momento em que ela subia ao palco para entregar o prêmio de melhor jogadora do ano à sua compatriota, a atacante Abby Wambach.

"Estou muito desapontada com as mulheres que não falaram sobre isso no mundo do esporte. Sim, toda a gente tem o direito às suas decisões pessoais, e, sim, é desconfortável, mas gostaria que mais mulheres, sobretudo no futebol, falassem das suas experiências, porque algumas dessas pessoas ainda trabalham no futebol e algumas das jogadoras ainda têm esses comportamentos", concluiu.

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