Wenger se diz pronto para voltar a comandar uma equipe - Gazeta Esportiva
Wenger se diz pronto para voltar a comandar uma equipe

Wenger se diz pronto para voltar a comandar uma equipe

Gazeta Esportiva

Por AFP

25/10/2019 às 16:08

São Paulo, SP

Wenger pode voltar às beiras do gramado depois de saída do Arsenal (Foto: Ian Kington/AFP)


O francês Arsène Wenger, ex-técnico do Arsenal e que acaba de comemorar seu 70º aniversário, garantiu estar pronto para assumir o comando de um novo clube de futebol. O reinado do francês no Arsenal terminou ao fim da temporada passada, após 22 anos em que revolucionou os Gunners e conquistou 17 títulos (incluindo 3 campeonatos ingleses e 7 Copas da Inglaterra). Mas este afastamento não diminuiu seu amor pelo futebol, afirmou o técnico à AFP, revelando ter recebido "propostas do mundo inteiro" desde que deixou o Arsenal.

"Até agora eu não acetei voltar porque tivemos problemas de saúde na família", declarou Wenger em entrevista durante uma visita a Tóquio, capital do Japão. "As propostas chegaram em um momento em que realmente não podia ou não queria" aceitar.

Wenger treinou o Nagoya Grampus, do Campeonato Japonês, antes de assumir o Arsenal em 1996, e seu nome foi cogitado para assumir o comando técnico da seleção nipônica. Será que o técnico francês teria o interesse de voltar ao Japão para trabalhar? "Eu posso contemplar tudo, eu adorei viver no Japão. Não descarto nada", respondeu.

Em Tóquio, Wenger participa como assessor de um projeto para um novo estádio na cidade, mas pensa em voltar às beiradas do campo no início do 2020, se mostrando indeciso sobre seu destino final. "Sinto falta do contato com as pessoas, estar no mesmo barco, compartilhar as mesmas emoções, a vitória, a derrota", continuou Wenger. "Eu suporto bem a pressão, porque fiz isso toda minha vida, então sinto falta disso", completou.

A única certeza é em relação a assumir a seleção francesa, uma possibilidade que sempre deixou Wenger indiferente: "Eu recusei esta proposta várias vezes. Prefiro o futebol de clubes. Para mim, uma seleção é trabalho temporário: são dez jogos por ano. Estou acostumado a jogar 60 jogos, então nunca tive essa tentação".

O técnico criticou os meios de comunicação por sua presença constante no futebol moderno e os proprietários dos clubes por serem muito suscetíveis a pressões externas, o que dificulta as condições da profissão de treinador. "Há coisas que não sinto falta", disse. "A vigilância continua e as conclusões definitivas após cada jogo são piores que antes. O mundo do futebol mudou nesses 20 últimos anos, os proprietários mudaram. É mais investimento, cálculos. Mas, no fim, você não pode mudar de técnico todas as semanas".

Wenger explicou também uma das grandes curiosidades que marcaram sua carreira: o motivo pelo qual tinha enorme dificuldade para fechar o zíper do casaco. "Meu casaco era muito longo e eu colocava quando já estava com muito frio", riu o francês. "Às vezes, minhas mãos estavam muito frias e eu também não estava concentrado no zíper, mas sim no jogo. Talvez eu seja um pouco desengonçado", brincou.

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