O francês Kevin Lamour, que exercia um alto cargo na Uefa desde 2007, ano em que Platini foi eleito como presidente da entidade, declarou nesta quinta-feira a sua retirada da entidade que coordena o futebol europeu por um ano sabático. Em meio ao desenrolar das investigações, que se acercam, de forma progressiva, às figuras de Platini e Blatter, o braço direito do ex-atleta preferiu fugir dos holofotes.
Filho de Jean Louis Lamour, amigo pessoal de Platini e ajudante na organização do Mundial de 1998, Kevin já tinha comunicado a possibilidade de saída da Uefa a Gianni Infantino, presidente do Comitê Executivo da entidade, em um evento realizado em Malta no mês passado. De acordo com Kevin, sua súbita saída foi por cansaço, já que alega ter tirado folga em apenas seis oportunidades no último ano.
O dirigente nega qualquer problema de relacionamento com Michel Platini, a quem oferece respaldo há oito anos. No entanto, o desligamento da Uefa coincide temporalmente com o reforço das investigações acerca de Platini, a partir da declaração do procurador-geral suíço, Michel Lauber, de que Platini teria recebido R$ 10 milhões de Joseph Blatter em 2011.
Na oportunidade, Platini rebateu qualquer acusação vinculada ao pagamento de propina e a troca de favores, e alegou que o montante recebido precedia de uma dívida por trabalhos realizados por Platini na Fifa no início da década passada. Na última semana, a entrevista de Blatter após a reunião executiva da Fifa foi cancelada por conta da presença de oficiais suíços na sede da entidade.
