Foi justamente Ferretti quem propôs o trabalho interino. A partir da demissão de Miguel Herrera, e da indefinição de um técnico diante do calendário de competições, o brasileiro deixou o Tigres e dirigiu a seleção mexicana nos amistosos contra Trinidad e Tobago e Argentina, quando ambos terminaram em empate. No último sábado, conquistou sua primeira vitória com o México, garantindo a equipe asteca na Copa das Confederações de 2017.
Diante de cerca de 93 mil pessoas no estádio Rose Bowl, na Califórnia, e sob os olhares de Osorio, que acompanhou o jogo das tribunas após ser oficializado pela Federação Mexicana, Ferretti viu os mexicanos superarem os próprios limites para vencerem os Estados Unidos por 3 a 2 já na prorrogação. “Me sinto bem, me sinto calmo e mais contente do que quando cheguei”, falou timidamente o brasileiro após a vitória.
Parabenizando os norte-americanos e o técnico Jurgen Klinsmann após a partida altamente disputada, que foi resolvida em favor dos mexicanos apenas aos 118 minutos, Ferretti não deixou que a satisfação o impedisse de projetar seu futuro de cabeça fria. Comprometido com o Tigres, o treinador seguiu sem manifestar vontade alguma de permanecer na seleção.
“Quando eu voltar para o Tigres, na Liga Mexicana, não vou me sentir triste comigo mesmo. Vou continuar uma pessoa muito tranquila. Estou muito velho (para seguir comandando a seleção), não posso pensar assim. Osorio está vindo e conta com o suporte de todos nós, e eu espero pelo sucesso dele. É uma pessoa muito estudiosa, ética, e já deve estar fazendo suas conclusões”, comentou.
Ao falar sobre a atuação da seleção, que voltará a campo de forma oficial apenas em novembro, para iniciar sua campanha nas Eliminatórias da Concacaf rumo à Rússia, Ferretti esbanjou satisfação. “Acho que é um resultado merecido por tudo que eles tentaram fazer. Se você olhar para os 120 minutos, fizemos um pouco mais do que o nosso adversário para conseguir a vitória”, valorizou.
