Estatuto da Fifa pode minar planos de Rafinha para defender Alemanha - Gazeta Esportiva
Estatuto da Fifa pode minar planos de Rafinha para defender Alemanha

Estatuto da Fifa pode minar planos de Rafinha para defender Alemanha

Gazeta Esportiva

Por Redação

23/09/2015 às 12:06

São Paulo, SP

Participação no Mundial sub-20 em 2005 pode impedir Rafinha de jogar pela Alemanha (Foto: Divulgação)
Participação no Mundial sub-20 em 2005 pode impedir Rafinha de jogar pela Alemanha (Foto: Divulgação)


Morando na Alemanha há uma década, sem contar a rápida passagem pelo italiano Genoa em 2010, o lateral direito Rafinha, brasileiro de nascença, decidiu optar pela pátria alternativa na última terça ao pedir para ser dispensado da convocação de Dunga para as Eliminatórias. No entanto, uma observação no Estatuto da Fifa pode impedir o brasileiro de defender a seleção que foi tetracampeã mundial no Brasil.

Um dos artigos sobre elegibilidade para partidas internacionais defende que um atleta só pode mudar de seleção se não tiver atuado em competições internacionais de primeiro escalão e se, ao atuar pela primeira vez por uma seleção em uma competição oficial, já tiver a nacionalidade da outra que deseja defender. Rafinha não disputou competições de ‘nível A’ com a Seleção, mas esteve presente no Mundial sub-20 de 2005, competição regulamentada pela Fifa – e à época ainda não tinha cidadania alemã.

No entanto, o quesito dá margem à interpretação. Há pessoas que defendem que tanto torneio sub-20 quanto outras competições não fazem parte dos torneios de primeiro escalão. Rafinha também defendeu o Brasil nas Olimpíadas de 2008 e em um amistoso contra a África do Sul, em 2013. Foi exatamente em 2005 que Rafinha deixou o Coritiba para assinar com o Schalke 04, seu primeiro clube na Alemanha.

Eduardo Carlezzo, advogado esportivo, prestou depoimento ao SporTV nesta quarta e defendeu o ponto de vista do Estatuto. “O regulamento fala tanto da competição oficial quanto da competição internacional de nível A. O Mundial sub-20 é uma competição oficial. À época, o Rafinha não possuía identidade alemã. Isso leva a crer que o jogador não poderia defender a Alemanha, por já ter atuado pelo Brasil neste Mundial”, defendeu.

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