Em meio a uma visita de dois dias ao México, para expandir as relações comerciais com o país asteca, a presidente Dilma Rousseff comentou a investigação do FBI que culminou na prisão de sete dirigentes do futebol mundial, entre eles José Maria Marin, nesta quarta-feira. Para a Chefe de Estado, as investigações tem razão de acontecer e podem beneficiar o cenário do futebol brasileiro.
“Acho que toda a investigação sobre essa questão é muito importante. Não vejo como prejudicial ao Brasil, ela só vai beneficiar o futebol brasileiro. Que se investiguem todas as Copas, todas as atividades. E eu considero que isso vale para todos, desde a operação Lava Jato até essa prisão. Há que investigar, não vejo por que não”, comentou Dilma, ciente de que a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014 também é um dos alvos da investigação.
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Ao falar sobre as burocracias da investigação, Dilma disse desconhecer as motivações, mas atentou para a necessidade de avalizar legalmente o processo. “Não sei a base legal que motivou a procuradoria americana a fazer as detenções, mas a investigação de crimes de corrupção que não estejam ligados ao setor público tem necessariamente que passar por uma alteração legal”, falou. “A Controladoria Geral da União (CGU) investiga a administração centralizada da União, as empresas e todos aqueles municípios ou Estados que receberam dinheiro”, exemplificou.
Além do vice-presidente de futebol da CBF, que dá nome ao prédio da sede da entidade no Rio de Janeiro, outros seis dirigentes foram detidos na manhã desta quarta. Onze dos quatorze indiciados foram banidos de qualquer atividade ligada ao futebol, em determinação expedida pelo Comitê de Ética Fifa no início desta tarde, e apoiada pelo presidente Joseph Blatter, que busca sua quinta reeleição seguida na entidade.
