Personalidade conhecida por ter se envolvido em polêmicas tanto dentro quanto fora de campo, o argentino Diego Maradona deixou o nacionalismo e o fanatismo de lado ao comentar o favorito para vencer o prêmio de melhor do mundo, em cerimônia que acontecerá dia 12 de janeiro. Ao contrário do que era esperado, Maradona não se mostrou favorável ao compatriota Messi, atribuindo ao goleiro alemão Neuer os méritos necessários para ser vencedor da Bola de Ouro.
Em entrevista à Rádio Havana após seu desembarque na capital cubana nesta segunda, para gravar um programa de televisão na companhia do jornalista Victor Hugo Morales, o ex-jogador argentino afirmou se sentir em casa na maior das ilhas do arquipélago caribenho. “Chegamos a minha casa, a Cuba, sinto-a e trato-a como a minha casa”, declarou, sem desviar do questionamento principal – sobre quem deveria ser eleito o melhor do mundo em 2014.
“Nem Messi, nem Cristiano Ronaldo... Para mim, o candidato é Neuer, teve mais méritos. Acredito que Ronaldo e Messi relaxaram nesta temporada”, comentou Maradona, alegando que tanto o argentino quanto o português – detentores das últimas seis conquistas, sendo que quatro foram de Messi – tiveram uma queda no rendimento em 2014.
Apesar dos apontamentos de Maradona, vale lembrar que tanto Messi quanto Ronaldo seguiram quebrando recordes em 2014. O argentino se tornou o maior artilheiro da história do Campeonato Espanhol, ultrapassando a marca de 251 gols de Telmo Zarra, e o maior artilheiro da Liga dos Campeões, ultrapassando os 71 gols de Raúl. Já o gajo lusitano ultrapassou Di Stéfano em número de hat-tricks (três gols em uma mesma partida) e foi eleito artilheiro da última Liga dos Campeões – vencida pelo Real Madrid –, tendo marcado 17 gols.
Manuel Neuer, a quem Maradona atribuiu diversos elogios, é, atualmente, o goleiro menos vazado da Europa. Na temporada 2014/2015, Neuer sofreu apenas quatro gols, todos pelo Campeonato Alemão. O arqueiro também conquistou o tetracampeonato com a seleção alemã no Brasil, tendo atuações destacadas – muitas vezes – como um líbero à frente da área, participando ativamente do jogo não só com as mãos, mas também com os pés.
