Autor de nove gols, Giovanni Simeone foi eleito o artilheiro da seleção da Argentina, que se sagrou campeã do Sul-Americano sub-20 ao vencer o Uruguai no último sábado, em torneio disputado em Montevidéu. Destaque do grupo portenho ao lado do meia Ángel Correa, do Atlético de Madri, o filho de Diego Pablo Simeone, técnico dos colchoneros, chegou a ser oferecido ao Rayo Vallecano, clube da primeira divisão espanhola, e por pouco não enfrentará seu pai nos gramados da Europa.
Formado nas categorias de base do River Plate, Gio Simeone vestiu a camisa 9 da seleção argentina durante o Sul-Americano e ajudou os portenhos a garantirem vaga nos Jogos Olímpicos de 2016, coroando o feito com o título do torneio. Aos 19 anos, o garoto chegou a ser oferecido ao Rayo Vallecano no final da janela de transferências, mas segundo Felipe Miñambres, diretor da equipe, a negociação não foi concluída.
“Não se abriu a opção de Gio Simeone, foi uma oferta. Nós consideramos que com a contratação de Miku para o ataque já estávamos satisfeitos. É uma oferta, assim como muitas outras que chegaram nesta época de final de mercado. Fez um grande Sul-Americano, marcando gols, mas consideramos que trazer outro atacante não era necessário”, declarou o cartola em coletiva.
Se Simeone não fechou, o compatriota Ángel Correa ficou bem perto de fazê-lo. Um dos destaques da conquista da Copa Libertadores pelo San Lorenzo, em 2014, o jovem argentino foi vendido ao Atlético de Madri em meados do ano passado, mas teve problemas de saúde e pouco pode atuar pela equipe de Madri. Encostado no elenco de Diego Simeone, Correa foi desejo de outras equipes, inclusive do Rayo, mas acabou não acertando.
“Tínhamos o acordo por Ángel Correa, estava tudo falado, mas na última hora o Atlético e os agentes do jogador nos transmitiram que nada ia acontecer. O garoto está cansado depois de tantas partidas com a seleção sub-20 e, depois, eles terão que disputar o Mundial da categoria, então em maio ele já teria que partir”, ponderou Miñambres, explicando o fracasso da negociação.
“Eles preferiram que, nestes três meses que separam o Mundial, Correa ficasse tranquilo. Eles entendem que para o garoto competir na sub-20 é possível, mas é melhor poupa-lo por enquanto na Liga Espanhola, disputada em nível alto e com pouca preparação. Acredito que tenham escutado o garoto e decidido que era melhor que não viesse”, declarou.
