Fifa defende legado justificando que "leva tempo" para fazer jus a 12 arenas - Gazeta Esportiva
Fifa defende legado justificando que "leva tempo" para fazer jus a 12 arenas

Fifa defende legado justificando que "leva tempo" para fazer jus a 12 arenas

Gazeta Esportiva

Por Arthur Carvalho, especial para a GE.net

20/01/2015 às 14:10

São Paulo, SP



O tal ‘legado’ da Copa do Mundo ainda é invisível aos olhos dos brasileiros, mas ao menos a Fifa tem certeza de que o torneio realizado em 2014 rende desenvolvimento essencial ao futebol nacional. Ainda que boa parta dos estádios construídos flertem com a inutilidade pouco mais de seis meses após a competição, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, explica que as arenas serão melhor utilizadas no futuro.


“Leva tempo para usar todos os estádios ao máximo. Mas todos aqueles que foram construídos no Brasil estão sendo usados regularmente. Mesmo que a regularidade das partidas não seja tão grande, outros eventos estão sendo feitos”, argumenta o secretário-geral em evento realizado nesta terça-feira, na Arena Corinthians. Valcke ainda admite que “muitas lições aprendidas na Copa de 2014 serão compreendidas e utilizadas na próxima Copa do Mundo.”


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Sem querer, o porta-voz da Fifa acabou alfinetando a distribuição dos 12 estádios construídos para a última Copa do Mundo. Em comparação ao próximo Mundial, que será na Rússia, Valcke celebrou o bom-senso dos governantes locais. “Cada Copa é diferente. Em um país como a Rússia, que é muito maior do que o Brasil, felizmente as autoridades decidiram que a Copa será realizada em uma só região”, avalia.


Com as arenas dispostas pelas cinco regiões do Brasil, os deslocamentos das seleções durante o Mundial chegou a ser criticado pela imprensa europeia. Algumas ainda foram concebidas em estados com pouca tradição no futebol, casos de Amazonas e Mato Grosso, por exemplo, além do Distrito Federal.


As Arenas Amazônia e Pantanal juntas têm capacidade para 86 mil torcedores, enquanto o Mané Garrincha, em Brasília, sozinho comporta 71 mil torcedores. Para justificar o investimento, algumas partidas do Campeonato Brasileiro têm sido jogadas nestes palcos, na solução a curto prazo que a CBF encontrou para abafar as referências a ‘elefantes brancos’. Ao que parece Valcke teria feito diferente.


“É importante que sejam estádios que se encaixam nas cidades. Às vezes é melhor o estádio ter 35 mil assentos para que o time local preencha esses assentos após o Mundial”, pondera, mostrando discernimento que, o tempo pode comprovar, deve ter faltado no Brasil.

Secretário-geral da Fifa acredita que todos os estádios construídos para a Copa logo serão usados a contento
Secretário-geral da Fifa acredita que todos os estádios construídos para a Copa logo serão usados a contento - Credito: Fernando Dantas/Gazeta Press

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