Experiente, Geninho não acredita em desprezo com velha geração - Gazeta Esportiva
Experiente, Geninho não acredita em desprezo com velha geração

Experiente, Geninho não acredita em desprezo com velha geração

Gazeta Esportiva

Por Felipe Leite e Luca Castilho*

10/02/2019 às 08:20

São Paulo, SP

Técnico analisou questões mercadológicas do cenário brasileiro da profissão (Foto: Divulgação)


A idade não compõe um fator que possa impedir Geninho de permanecer no mercado de técnicos do Brasil. Os resultados, no entanto, sim. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o treinador paulista, de 70 anos, afirmou não acreditar em uma diferenciação entre a nova e velha geração de profissionais na função, além de relembrar os sucessos recentes para justificar sua permanência na lista de comandantes "contratáveis".

"Eu acho que o treinador brasileiro, independentemente se é jovem ou velho, se conseguir resultados, vai permanecer no mercado. Estou sempre com o mercado aberto para mim porque venho conquistando resultados. Nos últimos quatro anos, subi três times: ABC e duas vezes com o Avaí. Anteriormente, eu já tinha conquistado o acesso com o Sport. Para os mais velhos, como eu, Felipão, Mano, Abel, o mercado vai estar aberto caso a gente consiga resultados. Para os mais novos, igualmente. Se a nova geração não conseguir resultados, as “apostas” vão parar", contou.
Isso é uma coisa normal. O jogador depende de sua produtividade e os técnicos, dos resultados

Geninho também rechaçou falar em preconceito contra os técnicos mais velhos, apontando o processo de renovação do mercado como algo natural. No entanto, o comandante do Avaí ainda assim apontou a experiência como fator importante para o exercício da profissão.




"Não acredito em preconceito. A renovação é uma coisa natural de se acontecer. Do mesmo jeito que os mais velhos de hoje substituíram alguém no passado, a mesma coisa vai ocorrer com a nova geração. O Fábio Carille abriu uma porta para os mais novos terem oportunidades, mas todos têm capacidade e conhecimento", afirmou.

"Costumo dizer que a única diferença entre o mais velho e o mais novo é a experiência, porque o resto é igual. Agora existem cursos, tem a internet à disposição, viagens para a Europa, busca de informação... mas ainda assim a experiência conta. Os mais velhos já passaram por algumas situações que os mais novos têm dificuldade em administrar. Seja crise, problema no clube, problema no vestiário, jogador descontente, pressão..., ressaltou Geninho.

Técnico vê a experiência como indispensável no meio futebolístico (Foto: André Palma Ribeiro/AFC)


* Especial para a Gazeta Esportiva

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